Rebeldes e jihadistas assumem controlo de aeroporto de Alepo na Síria
Rebeldes e combatentes jihadistas continuaram o seu avanço e tomaram este sábado o controlo do aeroporto da cidade de Alepo, assim como de localidades estratégicas, nas província de Idleb e de Hamas, "sem qualquer resistência".
A ONG acrescentou que os rebeldes tinham ainda avançado nas províncias de Idleb Hamas, tendo passado a controlar "dezenas de localidades estratégicas sem qualquer resistência".
A imprensa estatal iraniana reportou entretanto que "elementos terroristas" haviam atacado o consulado do Irão em Alepo. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmaeil Baghaei, confirmou que "o cônsul-geral e todos os membros do consulado estão bem", condenando ao mesmo tempo a agressão.
Teerão anunciou na noite de sábado que vai enviar a Damasco o seu ministro dos Negócios Estrangeiros. Abbas Araqch irá depois deslocar-se a Ancara, Turquia.
Urgência em "estabilizar a situação"
Horas antes, os chefes das diplomacias russa e turca, Sergueï Lavrov et Hakan Fidan, falaram ao telefone sobre o rápido evoluir da situação "perigosa" em Alepo. Em comunicado conjunto, deram parte da sua grande inquietação "face à evolução perigosa da situação na síria, ligada à escalada militar nas províncias de Alep e de Idlib".
Lavrov falou igualmente com Araqch. O comunicado resultante exprime a mesma preocupação mas refere "a ofensiva terrorista dos grupos armados" da região. Moscovo e Teerão apoiam o regime do presidente sírio Basar al Assad, enquanto Ancara sustenta parcialmente as fações rebeldes. Mas Rússia e Turquia mantêm relações amistosas a diversos níveis, incluindo militar. Nenhuma das potências regionais, que têm conseguido nos últimos anos manter sob controlo a rebelião na Síria, está interessada no re-eclodir do conflito.
Rússia, Irão e Turquia estão de acordo na necessidade de "estabilizar a situação na Síria", seja na "coordenação de esforços" seja numa "ação comum".
A França apelou entretanto todas as partes a "proteger as populações civis" em Alepo.
"As linhas do regime afundaram-se a um ritmo incrível que apanhou toda a gente de surpresa", referiu Dareen Khalifa, especialista do International Crisis Group, à agência France Press.
De acordo com o OSDH morreram 327 pessoas desde quarta-feira, das 183 combatentes do HTS e dos jihadistas, uma centena de soldados sírios e membros de forças governamentais e pelo menos 41 civis.