O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, exortou os jornalistas a serem "vigilantes ambientais" e a usarem as "canetas" e as "câmaras" para defenderem o planeta.
"Exorto os jornalistas em Timor-Leste e a nível mundial a assumirem a sua responsabilidade crucial como vigilantes ambientais", refere o prémio Nobel da Paz, numa mensagem para assinalar o Dia Mundial da Imprensa, que se comemora esta sexta-feira, dedicado ao tema "Uma Imprensa pelo Planeta".
"Em Timor-Leste, a nossa jovem nação experimentou em primeira mão os efeitos devastadores das alterações climáticas, incluindo a diminuição da produção agrícola, a insegurança alimentar, a escassez de água, a destruição de infraestruturas, a perda de vidas e a deslocação humana", salienta, na mensagem, o chefe de Estado.
Para José Ramos-Horta, os jornalistas têm um "papel fundamental a desempenhar" e devem usar as "canetas e câmaras como ferramentas para defender o planeta".
"Só através da sensibilização através de uma imprensa livre poderemos construir a vontade pública e política para tomar medidas ousadas", disse, sublinhando que o "ambiente não tem voz própria".
Segundo a agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), um total de 44 jornalistas que informavam sobre temas ambientais foram mortos no mundo nos últimos 15 anos e, pelo menos, 24 sobreviveram a tentativas de assassínio.
A agência da ONU referiu também que 749 jornalistas e meios de comunicação, dedicados ao ambiente, foram alvos de agressões em 89 países desde 2009.