"Rainha da bisbilhotice". Colombiana vende mexericos e já comprou duas casas

por Cristina Santos - RTP
Foto: Brandon Navarro Echeverri - Unsplash

Tem 67 anos, é colombiana e diz que passa os dias à porta de casa com um caderno. É nessas folhas que vai registando informações sobre os vizinhos, que depois vende. Esta moradora no distrito de Quindío também vende o próprio silêncio.

O dinheiro que já ganhou deu-lhe oportunidade de comprar duas casas. O relato desta espécie banca da coscuvilhice de bairro viralizou nas redes sociais depois de uma entrevista que Miryam deu a uma influencer colombiana no TikTok.

“Vivo vendendo mexericos, e foi por isso que comprei duas casas. Eu gosto muito de coscuvilhice, sou cusca, e transformei isso em um negócio. Comecei a cobrar dinheiro por isso”, conta. Miryam diz que sempre teve facilidade para perceber os acontecimentos à sua volta e, com o tempo, percebeu que poderia lucrar com isso.

A estratégia é prestar atenção às conversas do bairro, anotar tudo num caderno e vender as "informações" a quem estiver interessado. 

Todos os dias, Miryam fica à frente de casa e observa os acontecimentos do bairro. Quando não pode, deixa a tia com a função de recolher “informações”.


Foto: Gabriella Clare Marino - Unsplash

O preço a que vende os mexericos depende da relevância do assunto: “informações” simples custam um euro e 12 cêntimos (em pesos colombianos). Se forem mexericos mais elaborados o custo é de 2,25 euros. Se as cusquices forem bombásticas, Miryam cobra quase 160 euros.

Os casos de traição estão entre os mexericos mais caros.

Para provar aquilo que conta, ela tira fotografias e garante que só partilha as cusquices depois de serem verificadas.

O vídeo com a história de Miryam já ultrapassou os cinco milhões de visualizações.
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