O cantor norte americano R. Kelly enfrenta 30 anos de prisão por ter sido considerado culpado dos crimes de tráfico sexual e extorsão em nove acusações envolvendo mulheres e crianças de ambos os sexos. O autor do sucesso "I Believe I can Fly" viu provado em tribunal abusos sexuais cometidos ao longo de mais de duas décadas.
Em setembro de 2021, um júri na cidade de Nova Iorque considerou Kelly culpado de tráfico sexual e extorsão em todas as nove acusações.
Quase um ano depois, esta quarta-feira, a juíza distrital Ann Donnelly impôs a sentença no tribunal federal de Brooklyn depois de ouvir sobreviventes que atestaram como a exploração de Kelly teve repercurção nas suas vidas.
De acordo com a acusação, o autor de "I Believe I can Fly" teria usado a sua equipa de agentes para atrair jovens e conseguir o seu silêncio perante os abusos. Utilizava "a fama, o dinheiro e a popularidade [para] predar crianças e jovens mulheres para sua satisfação sexual".
Das vozes dos abusados surgem testemunhos de subjugação a caprichos perversos e sádicos, quando ainda eram menores de idade. Atestaram que Robert Sylvester Kelly exigia que obedecessem estritamente a regras, como precisar da sua permissão para comer ou ir à casa de banho e ainda escrever "cartas de desculpas" que pretendiam absolvê-lo de irregularidades.
A juíza Ann Donnelly declarou que "o público precisa de ser protegido de comportamentos como este".
"Esses crimes foram calculados e cuidadosamente planeados e executados regularmente durante quase 25 anos. O sr. Kelly ensinou a estas pessoas que o amor é escravização e violência".
A equipa de advogados de Kelly pediu uma sentença de 17 anos mas sem sucesso.
O vencedor de vários Grammy Awards, preso desde 2019, tem ainda acusações pendentes associadas a pornografia infantil e obstrução à justiça em Chicago. O julgamento deverá acontecer em agosto.
A equipa de advogados de Kelly pediu uma sentença de 17 anos mas sem sucesso.
O vencedor de vários Grammy Awards, preso desde 2019, tem ainda acusações pendentes associadas a pornografia infantil e obstrução à justiça em Chicago. O julgamento deverá acontecer em agosto.