Quem poderá fazer parte da nova administração Trump?

por Mariana Ribeiro Soares - RTP
Leah Millis - Reuters

Donald Trump já está a trabalhar na composição da equipa que o irá acompanhar nos próximos quatro anos na Casa Branca. O primeiro nome foi desvendado na quinta-feira, quando Trump anunciou que vai nomear a "mentora" da sua campanha, Susie Wiles, como chefe de gabinete.

A equipa de transição de Donald Trump deverá apresentar uma primeira lista de ministros e conselheiros “nos próximos dias e semanas”, antes da sua tomada de posse, a 20 de janeiro.

Com uma mudança de liderança democrata para republicana, a nova administração será totalmente diferente daquela que serviu o Governo de Joe Biden e a equipa de Donald Trump também já revelou que esta segunda administração terá poucas semelhanças com a primeira.

“Há pessoas que estão a regressar, outras pessoas novas que se juntam a nós”, disse Jason Miller, conselheiro de Trump.

Mas quem poderá, então, fazer parte da equipa que irá acompanhar Trump nos próximos quatro anos?

O primeiro nome foi desvendado esta quinta-feira, quando Trump anunciou que vai nomear a “mentora” da sua campanha, Susie Wiles, como chefe de gabinete – um cargo nunca ocupado por uma mulher.

"Susie Wiles acabou de me ajudar a conquistar uma das maiores vitórias políticas da história americana", saudou o republicano, em comunicado, acrescentando que “é uma honra merecida ter a Susie como a primeira mulher chefe de gabinete da história dos Estados Unidos”.

Ela "vai continuar a trabalhar incansavelmente para tornar a América grande novamente”, assegurou Donald Trump.

Durante as celebrações da vitória, na quarta-feira, Trump também adiantou que o ex-candidato à presidência e ativista anti-vacinação Robert Kennedy Jr. será escolhido para "ajudar a tornar a América saudável novamente", acrescentando que "vamos deixá-lo fazer isso". Apesar da sua crença em teorias da conspiração sobre vacinas e os seus comentários antissemitas, Robert Kennedy Jr. disse recentemente que Trump lhe prometeu que "lutaria como o inferno" por ele se Kennedy quisesse chefiar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

O CEO da Tesla também poderá ser um dos nomeados para a administração Trump. Na campanha eleitoral, o agora presidente eleito prometeu transformar Elon Musk num secretário para o "corte de custos" federal e o bilionário da tecnologia sugeriu que é capaz de identificar biliões de dólares em gastos governamentais para eliminar.

Outra das pastas mais importantes é a dos Negócios Estrangeiros e Richard Grenell tem sido apontado como um dos nomes mais prováveis. Grenell foi embaixador de Trump na Alemanha entre 2018 e 2020, enviado especial aos Balcãs e diretor interino de inteligência nacional. A imprensa também vê Grenell como um possível candidato a secretário de Estado ou conselheiro de Segurança Nacional.

Para o cargo de secretário da Defesa, Mike Pompeo tem sido apontado como o favorito. Pompeo foi diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) e secretário de Estado durante o primeiro governo de Trump. Para a liderança da CIA, um dos nomes que têm sido citados é o de John Ratcliffe, antigo funcionário ultraconservador eleito no Texas.

A pasta do Tesouro poderá ser disputada por dois bilionários: o investidor Scott Bessent e o empresário John Paulson.

Para a pasta da Justiça – um cargo sensível dado que Trump está indiciado em quatro processos criminais – a imprensa cita nomes como Mike Lee, senador do Utah, e Eric Schmitt, senador do Missouri.

c/agências
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