Os quatro presumíveis atacantes a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo que provocou pelo menos 137 mortos foram condenados a prisão preventiva por dois meses, deliberou um tribunal da capital russa. Há ainda 182 feridos.
A detenção provisória, fixada até 22 de maio, pode ser prolongada até ao início do processo, com data ainda por definir.
Até ao momento, as forças de segurança detiveram 11 pessoas relacionadas com o ataque, das quais quatro participaram pessoalmente no atentado, segundo as autoridades russas.
O ataque, reivindicado por um grupo filiado no movimento ‘jihadista’ Estado Islâmico, foi o mais mortífero em solo russo os últimos anos.
De acordo com o último balanço oficial, o número de mortos no ataque aumentou para 182, incluindo pelo menos três crianças. Foram encontradas armas e munições no local.
Ataque reivindicado pelo Estado Islâmico
O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico e condenado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que o denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento” e apelou à vingança.
Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que quatro dos detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma “janela” para ajudá-los a escapar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afastou já qualquer envolvimento do seu país no massacre e acusa Vladimir Putin de tentar culpar os ucranianos.
Uma fonte da inteligência dos Estados Unidos da América disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de 11 cidadãos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o ataque.
Segundo comunicado do EI, o ataque de sexta-feira insere-se no contexto da “guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
Condenação de ataque em dia de luto nacional
Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e diversos outros países e organizações internacionais condenaram o atentado.
Também a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenou “inequivocamente” o ataque de sexta-feira nos arredores de Moscovo, reivindicado pelo EI, entidade qualificada pela Casa Branca como um "inimigo terrorista comum".