Quase 60 líderes esperados na cimeira que antecede a COP30
O Brasil disse hoje que espera receber 57 chefes de Estado e de Governo na cimeira que se realiza para a semana na cidade amazónica de Belém, na véspera conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30).
Em conferência de imprensa, em Brasília, o secretário do Clima do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Mauricio Lyrio, afirmou ainda que estão previstas 143 delegações para participar na cimeira que antecede a COP30.
Questionado pela imprensa, Mauricio Lyrio frisou que "até ao momento" os Estados Unidos e a Argentina não confirmaram a participação.
A cimeira de líderes, que deverá contar com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, decorre entre os dias 06 e 07 de novembro, já a 30.ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, terá lugar de 10 a 21 de novembro.
Para a COP30, estão já 170 delegações nacionais registadas.
Os objetivos do Brasil para a COP30 estarão centrados na transição energética justa, bioeconomia baseada na floresta em pé e na proteção das populações vulneráveis aos impactos climáticos.
"O Brasil quer mostrar que é possível crescer e, ao mesmo tempo, reduzir emissões. Que é possível gerar emprego e renda com base na economia verde, no uso sustentável da biodiversidade e nas energias limpas", frisou a ministra do Ambiente do Brasil, Marina Silva.
Na mesma conferência de imprensa, a reconhecida líder ambiental frisou que "o foco será transformar compromissos em ações".
"Avançar na transição energética, consolidar a agenda de descarbonização, apoiar a adaptação climática dos países mais pobres e criar um mecanismo de financiamento efetivo para essas transições", disse.
Marina Silva afirmou ainda querer mostrar aos líderes e às delegações que existe o risco da Amazónia "chegar ao ponto de não retorno".
"Nós temos consciência de que o tempo está a esgotar-se. A ciência mostra que a Amazónia pode sim entrar em ponto de não retorno, que é o colapso geral para todos nós. Não só da Amazónia, mas do planeta", frisou Marina Silva.