A Coreia do Norte descreveu a Coreia do Sul como um país politicamente paralisado e socialmente caótico após a destituição do presidente, a 14 de dezembro, indicou um relatório divulgado esta sexta-feira pela agência de notícias oficial norte-coreana.
"Na Coreia do Sul fantoche, um processo de destituição sem precedentes seguiu-se ao incidente de 3 de dezembro da lei marcial e foi emitido um mandado de detenção para o presidente, paralisando os assuntos do Estado e aprofundando ainda mais o caos social e político", escreveu a agência de notícia estatal norte-coreana KNCA.
Os meios de comunicação social estrangeiros criticaram o facto de a Coreia do Sul estar a "mergulhar numa tempestade política", escreveu ainda a agência.
Os meios de comunicação social estatais da Coreia do Norte noticiaram a destituição do presidente sul coreano, Yoon Suk-yeol, apenas a 16 de dezembro, dois dias depois de o parlamento ter aprovado o "impeachment".
Mantiveram silêncio desde então, até à publicação de uma notícia no jornal Rodong Sinmun, dirigido ao público norte-coreano em geral, no que parece ser um esforço para realçar a estabilidade do regime norte-coreano em comparação com o sul-coreano, escreveu a agência de notícias EFE.
Yoon Suk-yeol, proibido de sair do país, foi destituído pela Assembleia Nacional (parlamento) a 14 de dezembro, na sequência da imposição de lei marcial a 03 de dezembro e aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional até junho sobre a reintegração ou destituição definitiva.