Putin visita Cazaquistão para fortalecer posição na Ásia

por Lusa

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai viajar esta semana para Astana, capital do Cazaquistão, para participar na Conferência sobre Interação e Medidas de Confiança na Ásia, onde espera fortalecer a posição russa na região.

O porta-voz da presidência russa (Kremlin), Dimitri Peskov, confirmou hoje a informação e assinalou que Putin irá manter encontros bilaterais à margem do evento.

"O Presidente tem planeada uma visita a Astana (...) [onde irá participar] numa série de reuniões bilaterais, numa cimeira da Conferência sobre Interação e Medidas de Confiança na Ásia (CICA) e numa reunião do Conselho dos Chefes de Estado da Comunidade de Estados Independentes (CEI)", explicou.

A CICA, criada por iniciativa do Cazaquistão em 1992, é responsável por desenvolver condições para o diálogo, a tomada de decisões e a implementação de medidas para garantir a segurança na Ásia.

O órgão é formado por 27 países da região e tem oito outros países e cinco organizações internacionais como observadores.

Vladimir Putin pretende ganhar todo o apoio possível para a sua posição perante a Ucrânia, cuja invasão e consequente guerra têm sido alvo de críticas e de sanções económicas cada vez mais pesadas por parte do Ocidente.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.221 civis mortos e 9.371 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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