No dia em que as autoridades e os serviços de socorro ucranianos se debatem com a contagem de vítimas de um novo ataque a uma zona residencial em Dnipro, no leste da Ucrânia, a televisão estatal russa divulga declarações de Vladimir Putin pautadas pela ideia de que a ofensiva mostra uma “dinâmica positiva”. O presidente russo afirma que “tudo se desenrola segundo os planos do Ministério da Defesa”.
As equipas de resgate permaneciam no local em busca de sobreviventes. O número de mortos pode assim aumentar nas próximas horas. Este domingo, o canal estatal Rossiya 1 mostrou o presidente russo a responder a uma pergunta sobre os acontecimentos em Soledar, cidade conhecida pela mineração de sal que Moscovo garante ter conquistado. Algo que tem sido repetidamente negado por Kiev.
“A dinâmica é positiva e tudo se desenrola segundo os planos do Ministério da Defesa e do Estado-Maior. Espero que os nossos combatentes nos contentem ainda mais com os resultados do seu combate”, retorquiu Vladimir Putin, questionado sobre a pista de um aeroporto, perto do avião presidencial.Quase um ano depois da invasão, o Kremlin descreve abertamente a guerra na Ucrânia como uma batalha existencial com o Ocidente.
O exército russo encara a tomada de Soledar - cujos túneis das minas de sal são descritos como estratégicos para a proteção de material de guerra e eventuais operações de infiltração nas linhas inimigas – como uma etapa crucial para o cerco à cidade vizinha de Bakhmut, há já meses palco de violentos combates.
“A situação da economia é estável”
Putin referiu-se também ao efeito das sanções impostas pelo Ocidente à Rússia, para dizer que a economia país demonstra ter capacidade de resistência.
“A situação da economia é estável. Muito melhor não só do que os nossos oponentes previram, mas do que nós próprios esperávamos”, sustentou o presidente russo.
“O desemprego está num mínimo histórico. A inflação está mais baixa do que era esperado e mostra, o que é importante, uma tendência de queda”, acentuou.
Em 2022, a economia russa sofreu uma contração, embora menos pronunciada do que a generalidade dos economistas ocidentais previa. Moscovo estima que, este ano, o PIB regrida em 0,8 por cento.
c/ agências