O presidente russo garantiu esta segunda-feira que o Exército irá expulsar as forças ucranianas de território russo. Segundo as autoridades russas, a recente incursão das tropas de Kiev provocou pelo menos 12 mortos e 121 feridos. O governador de Kursk acusou entretanto as tropas ucranianas de terem recorrido a armas químicas na investida sobre o território russo.
Desde 6 de agosto que o principal palco de confronto tem sido o território russo, com destaque para a região de Kursk, junto à fronteira com a Ucrânia.
Este ataque poderá ter como objetivo alcançar alguma vantagem em eventuais negociações de cessar-fogo após as eleições presidenciais norte-americanas, a 5 de novembro.
O objetivo é “transferir a guerra para o território do agressor”, afirmou o presidente Volodymyr Zelensly no domingo, acrescentando que a Rússia realizou quase dois mil ataques a partir de Kursk nas últimas semanas.
"Ataques com artilharia, morteiros e drones. Também registamos ataques com mísseis e cada um desses ataques merece uma resposta justa", afirmou o presidente ucraniano.
Rússia promete “resposta digna”
No domingo, a Rússia garantia que estava a conseguir conter o avanço em profundidade das forças ucranianas após a surpresa inicial.
Hoje, Vladimir Putin garantia que a Ucrânia vai receber uma “resposta digna” após esta incursão, citando pesadas baixas no exército ucraniano nas últimas horas.
O presidente russo criticou ainda a Ucrânia por agir “com a ajuda dos seus mestres ocidentais” e descartou qualquer possibilidade de negociar com um “inimigo” que visou população civil na investida sobre a região de Kursk.
No mesmo sentido, a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, garantia hoje que os “organizadores e perpetradores destes crimes, incluindo os curadores estrangeiros, serão responsabilizados” e que “não tardará” até que haja uma “dura resposta” por parte da Rússia.
Numa reunião com altos responsáveis de segurança e governadores regionais, Alexei Smirnov, governador de Kursk em exercício, revelou que a Ucrânia controla 28 povoações da região russa e que a incursão abrange cerca de 12 quilómetros de profundidade e 40 quilómetros de largura em território russo.
O presidente russo criticou ainda a Ucrânia por agir “com a ajuda dos seus mestres ocidentais” e descartou qualquer possibilidade de negociar com um “inimigo” que visou população civil na investida sobre a região de Kursk.
No mesmo sentido, a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, garantia hoje que os “organizadores e perpetradores destes crimes, incluindo os curadores estrangeiros, serão responsabilizados” e que “não tardará” até que haja uma “dura resposta” por parte da Rússia.
Numa reunião com altos responsáveis de segurança e governadores regionais, Alexei Smirnov, governador de Kursk em exercício, revelou que a Ucrânia controla 28 povoações da região russa e que a incursão abrange cerca de 12 quilómetros de profundidade e 40 quilómetros de largura em território russo.
Já o chefe do Exército ucraniano, Oleksandr Syrskyi, afirmou esta segunda-feira que Kiev controla neste momento cerca de mil quilómetros quadrados da região russa de Kursk.
Mais de 120 mil pessoas retiradas Apesar de garantir a expulsão das tropas ucranianas a breve trecho, Vladimir Putin admitiu neste encontro que as autoridades devem estar preparadas para um agravamento da situação, nomeadamente na região fronteiriça de Bryansk.
“O inimigo vai continuar a tentar destabilizar a situação na zona fronteiriça com o objetivo de abalar a situação política interna do nosso país. Portanto, se hoje a região de Bryansk está relativamente calma, isso não significa que se manterá assim amanhã”, admitiu.
Desde fevereiro de 2022, mês em que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, as tropas russas conseguiram garantir o controlo de 18 por cento do território ucraniano. Até ao momento, pelo menos 12 civis morreram e 121 ficaram feridos, incluindo dez crianças, adianta o governador de Kursk, Alexei Smirnov. Mais de 120 mil pessoas foram retiradas de casa nesta região.
Perante os receios de novos avanços ucranianos, as autoridades ordenaram esta segunda-feira novas evacuações na região de Kursk mas também na região de Belgorod.
“Há atividades inimigas” nas proximidades, reconheceu o governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.
Armas químicas?
De acordo com os meios de comunicação estatais russos citados pela agência Reuters, o governador da região de Kursk, Alexei Smirnov, acusou esta segunda-feira as forças ucranianas de utilizarem projéteis com armas químicas na incursão em território russo dos últimos dias.
A mesma agência não conseguiu verificar se Smirnov apresentou alguma prova para suportar a acusação.
Em resposta, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) acusou a Rússia de tentar imputar falsamente crimes de guerra às tropas de Kiev.
No Telegram, os responsáveis ucranianos afiançaram que estão na posse de informações que mostram que é a própria Rússia que está a cometer os crimes que aponta à Ucrânia.