O Kremlin anunciou esta segunda-feira que o presidente russo irá reunir-se com o secretário-geral da ONU após a cimeira dos BRICS. É a primeira vez que os dois líderes vão estar reunidos na Rússia desde abril de 2022, dois meses após o início da invasão da Ucrânia.
Em conferência de imprensa, o conselheiro diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov, adiantou esta segunda-feira que haverá “sete reuniões bilaterais” no final da cimeira, uma das quais entre Vladimir Putin e António Guterres.
Por ocasião da Cimeira dos BRICS, a Rússia vai acolher esta semana as delegações de 36 países e seis organizações, segundo indicou o Kremlin. Putin vai reunir-se com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente chinês, Xi Jinping, na terça-feira. No dia seguinte será a vez do presidente iraniano, Masoud Pezeshkian e o presidente turco, Tayyip Erdogan.
Em relação à reunião com Guterres, este será o primeiro encontro entre o presidente russo e o secretário-geral das Nações Unidas desde abril de 2022. Na altura, António Guterres encontrou-se em Moscovo com Vladimir Putin apenas dois meses após o início da invasão russa da Ucrânia.
O presidente russo vai encontrar-se também com o presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Nardendra Modi. Do grupo original que constituiu os BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China) sabe-se desde já que o presidente brasileiro, Lula da Silva, não irá marcar presença na cimeira por motivos de saúde, mas poderá participar nos trabalhos por videoconferência.
No último sábado, Lula da Silva sofreu um acidente doméstico e ficou com ferimentos na cabeça, o que o levou a cancelar a viagem à Rússia.
Para além do grupo original de países, o grupo integra também a África do Sul (desde 2011) e ainda a Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão, que aderiram desde 1 de janeiro deste ano.
Outros países já demonstraram interesse em aderir aos BRICS, nomeadamente Cuba, Venezuela, Turquia, Azerbaijão e Malásia.