O ex-presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, detido no domingo na Alemanha, em cumprimento de um mandado emitido pelo Supremo Tribunal espanhol, deverá comparecer esta segunda-feira no tribunal administrativo de Schleswig-Holstein, que analisará o pedido de extradição das autoridades espanholas.
O propósito da comparência do ex-governante catalão em tribunal é comprovar a sua identidade e iniciar os trâmites do processo para se decidir sobre o mandado europeu de captura emitido pela Justiça espanhola.
O prazo máximo para tomar a decisão e eventualmente proceder à sua entrega a Espanha é de 60 dias a partir da detenção, independentemente dos recursos que sejam interpostos contra a mesma.
Na análise do comentador de assuntos internacionais da Antena 1, Filipe Vasconcelos Romão, o facto de Carles Puigdemont ter sido detido na Alemanha, pode reanimar os ânimos nacionalistas na Catalunha.
Na sequência desta detenção e segundo os serviços de emergência catalães, foram socorridas 90 pessoas em Barcelona. Destas 90 pessoas, 22 eram polícias.
Os feridos - todos sem gravidade - resultaram de confrontos com a polícia nas grandes manifestações que decorreram em várias localidades da Catalunha.
Só em Barcelona, a manifestação contou com mais de 55 mil pessoas, diz o jornal catalão El Periódico.
Manifestação em Lisboa
Também em Portugal há já um protesto marcado. Trata-se de um protesto de solidariedade para com os políticos independentistas catalães presos em Espanha.
A líder do Bloco de Esquerda, tenciona estar presente na manifestação marcada para esta segunda-feira, em frente ao consulado espanhol de Lisboa.
Catarina Martins defende a liberdade dos que entende serem presos políticos.