Carles Puigdemont foi detido este domingo pela polícia alemã pouco depois de cruzar a fronteira da Dinamarca com a Alemanha. O ex-líder do governo catalão viajava de carro da Finlândia para a Bélgica.
Jaume Alonso-Cuevillas avançou que Carles Puigdemont foi levado para uma esquadra onde estão a ser feitos todos os procedimentos necessários. “A sua defesa jurídica já foi ativada”, escreveu na rede social Twitter, acrescentando ainda que o antigo presidente se dirigia para a Bélgica para se colocar, “como sempre, à disposição da justiça belga”.
As autoridades alemãs anunciaram a meio da tarde que Puigdemont vai ser presente na segunda-feira a um juiz, para confirmação da identificação.
"O objetivo será apenas o de verificar a identidade da pessoa detida. O Tribunal Regional de Schleswig-Holstein, em Schleswig, terá depois de decidir se o Sr. Puigdemont deve ser detido para ser entregue a Espanha", refere um promotor público alemão, em comunicado, citado pela agência de notícias francesa AFP.
Puigdemont vinha de carro, desde a Dinamarca, e teria como intenção regressar à Bélgica, como confirmou o seu advogado no Twitter.
2. El tracte ha estat correcte en tot moment. Hores d'ara es troba en una comissaria i la seva defensa jurídica ja està activada.
— J. Alonso-Cuevillas (@JaumeAlonsoCuev) 25 de março de 2018
O advogado de Puigdemont usou a expressão de que o ex-líder catalão foi “retido” pelas autoridades alemãs, mas a polícia alemã já confirmou que o ex-presidente do Governo catalão foi mesmo detido.
Puigdemont abordado da autoestrada A7
Puigdemont foi abordado pela polícia alemã por volta das 11h19 (10h19 em Portugal) na autoestrada A7, revelou o porta-voz da polícia de Schleswig-Holstein.
Esta detenção, sobre a qual não há ainda mais detalhes, aconteceu numa altura em que foi reactivado o mandado de detenção europeu de Puigdemont, que tem vivido no exílio em Bruxelas desde que foi acusado pela justiça espanhola, após a declaração de independência da Catalunha.
Segundo o El País, Puigdemont viajou este fim-de-semana para a Finlândia, a fim de fazer contactos com deputados finlandeses e dar uma conferência na Universidade de Helsínquia.
A detenção acontece numa altura em que foi reativado o mandado de detenção europeu de Puigdemont, que tem vivido no exílio em Bruxelas desde que foi acusado pela justiça espanhola, após a declaração de independência da Catalunha.
O advogado Jaume Alonso-Cuevillas tinha afirmado no sábado que Puigdemont ia apresentar-se à polícia finlandesa, na sequência do mandado de detenção europeu emitido pela Justiça espanhola.
Horas depois, no entanto, publicou uma mensagem na rede social Twitter, em que afirmava que o ex-presidente da Generalitat já não estava na Finlândia, mas que estava à disposição da justiça belga.
Confirmo que el President Puigdemont ja no és a Finlàndia.
— J. Alonso-Cuevillas (@JaumeAlonsoCuev) 24 de março de 2018
Seguirà, com sempre, a disposició de la justicía belga, on te fixada la seva residència.
“Confirmo que o presidente Puigdemont já não está na Finlândia. Continuará, como sempre, à disposição da Justiça belga, onde tem residência fixa”, referia a mensagem do advogado sem esclarecer se o seu cliente tinha regressado à Bélgica.
De acordo com as autoridades finlandesas, todos os portos e aeroportos do país estiveram sob vigilância no sábado e Puigdemont foi procurado, durante todo o dia, para cumprimento do mandado de detenção, assinado pelo juiz do Supremo Tribunal espanhol Pablo Llarena.
C/Lusa