Bissau, 27 nov (Lusa) - O vice-presidente do Partido de Renovação Social, Orlando Viegas, admitiu hoje a possibilidade de a campanha eleitoral para as legislativas na Guiné-Bissau ser mais curta, para que a data de 18 de novembro, das eleições, seja cumprida.
A Guiné-Bissau tem eleições legislativas marcadas para 18 de novembro, mas atrasos relacionados com o financiamento e chegadas dos `kits` para o registo biométrico dos eleitores obrigaram a Comissão Nacional de Eleições a apresentar um novo cronograma, encurtando os prazos previstos na Lei Eleitoral, para que as eleições se realizem na data fixada pelo chefe de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, em abril.
"Há necessidade de alguns encurtamentos para ajustar e naturalmente a campanha eleitoral também terá que ser mexida para tentar ajustar", afirmou Orlando Viegas, no final de um encontro no Ministério das Finanças, em Bissau.
No encontro, participaram o primeiro-ministro, representantes da comunidade internacional, Comissão Nacional de Eleições (CNE), Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), e os representantes do partidos políticos com assento parlamentar.
A Lei Eleitoral prevê que a campanha para as eleições decorra durante 21 dias. Com eleições marcadas para 18 de novembro, a campanha deveria começar a 28 de outubro.
"Tudo indica que vamos ter de mexer na data da campanha eleitoral", disse Orlando Viegas, salientando que o primeiro-ministro vai voltar a reunir-se com todas as partes envolvidas no processo eleitoral na terça-feira.
O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse, no final do encontro, que tanto a CNE e a GTAPE apresentaram um cronograma que permite respeitar a data de 18 de novembro.
"Há uma decisão política e tecnicamente há condições de se fazer respeitar", disse.