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Protestos Brasil. Portugueses em Brasília "todos bem" mas apreensivos, segundo líder da comunidade

por Lusa

O presidente da Associação Portuguesa de Taguatinga, em Brasília, disse à Lusa que os portugueses residentes na capital brasileira estão "todos bem", mas apreensivos com tudo o que se está a passar.

"Estamos aflitos e acompanhando de perto aqui, torcendo para que tudo termine bem", disse Ciro Freitas, acrescentando que espera que seja feita "uma providência mais energética" por parte das autoridades.

"Estão todos bem, estão acompanhando mas não estão participando diretamente. Estão todos ansiosos, acompanhando tudo de perto, mas sem participação ativa", garantiu.

Ciro Freitas frisou ainda que tem havido um esforço por parte dos líderes da comunidade portuguesa no país para que não se manifestem politicamente, precisamente para não dividir a comunidade e para evitar que algo aconteça.

"É um distúrbio que não estava previsto, nós estamos vivendo um momento muito extremado em especial nas correntes políticas", sublinhou.

"Vamos ficar na torcida para que tudo corra bem e que esta situação se volte a pacificar", concluiu Ciro Freitas.

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva decretou hoje a intervenção federal na área de Segurança Pública de Brasília e disse que todos os responsáveis pelas invasões das sedes dos poderes executivo, legislativo e judiciário serão punidos.

"Nós achamos que houve falta de segurança e quero dizer que todas as pessoas que fizeram isto serão encontradas e serão punidas", afirmou o Presidente brasileiro, numa declaração aos `media`, tendo lido um decreto de intervenção do poder central na Segurança Pública do Distrito Federal (Brasília) até 31 de janeiro.

Esta decisão permite a intervenção do poder central (federal) em Brasília, retirando poderes ao governo local. Lula da Silva também afirmou que os apoiantes de Bolsonaro que atacaram prédios públicos em Brasília serão encontrados e punidos.

"A democracia garante o direito de livre expressão, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições. Não tem precedente na história do país o que fizeram hoje. Por isso devem ser punidos", declarou.

"E vamos descobrir quem são os financiadores de quem foi a Brasília hoje, e todos eles pagarão com a força da lei", acrescentou, referindo-se à suspeita de que os atos contra a sua eleição em outubro do ano passado são financiados.

No decreto assinado e divulgado pelo Presidente brasileiro lê-se que a intervenção na área de Segurança Pública do Distrito Federal tem como objetivo conter "grave comprometimento da ordem publica no estado do Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos".

Foi nomeado como interventor Ricardo Garcia Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Centenas de apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram hoje o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sedes do poder legislativo, executivo e judiciário, numa manifestação em que pedem uma intervenção militar para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua tomada de posse.

Os manifestantes avançaram e furaram as barreiras montadas pela polícia, com imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso, dentro e fora do Palácio do Planalto e do STF, a serem divulgadas nas redes sociais

A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem sucesso, travar os manifestantes.

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