Proibição de carne de cão gera polémica na Coreia do Sul

por Lusa

A aprovação da lei que proíbe a criação, venda e abate de cães para consumo na Coreia do Sul está a causar apreensão entre os restaurantes sobre o seu futuro e a gerar críticas entre os consumidores.

O Parlamento sul-coreano aprovou, na última terça-feira, uma lei que proíbe a criação, venda e abate de cães para consumo, que entrará em vigor no prazo de três anos.

As violações desta lei serão puníveis com até três anos de prisão e multa de 30 milhões de won (20.800 euros).

Escondido num beco no mercado de Chilseong, na cidade de Daegu, no sul, o restaurante de Choi Tae-yeon oferece pratos tradicionais sul-coreanos, incluindo carne de cão cozida no vapor ou em caldo.

A carne de cão faz parte da culinária sul-coreana há muito tempo, mas o seu consumo caiu drasticamente nos últimos anos, à medida que cada vez mais jovens urbanos do país gostam de cães como animais de estimação.

"As coisas mudaram radicalmente", contou hoje Choi à agência France-Presse (AFP).

"Antes, quando o negócio corria bem, os comerciantes podiam vender até 30, 40 cães por dia, Atualmente, vendemos em média um ou dois cães", acrescentou a empresária.

Comer carne de cão tornou-se um tabu entre os jovens e a pressão dos ativistas dos direitos dos animais para proibir esta prática intensificou-se.

 

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