Professor brasileiro suspenso por usar roupa do grupo supremacista Ku Klux Klan

por Lusa

Um professor de história foi suspenso das suas funções numa escola em São Paulo, no Brasil, por aparecer disfarçado no pátio como membro do grupo supremacista branco Ku Klux Klan (KKK), relataram hoje fontes oficiais.

O Ministério da Educação de São Paulo indicou numa nota que abriu uma "investigação preliminar" e "retirou imediatamente" o professor do cargo, pelo menos até que as investigações estejam concluídas.

O incidente ocorreu no dia 08 de dezembro na escola pública Amaral Wagner, localizada na cidade de Santo André, na região metropolitana de São Paulo, durante um desfile de fantasias em que se reuniram alunos e professores.

No entanto, o caso só se tornou público esta semana depois de um vídeo se ter tornado viral nas redes sociais e em que o professor apareceu vestido com as roupas do movimento racista Ku Klux Klan.

A escola, explicou que o professor recebeu advertências dos auxiliares no pátio e, logo em seguida, foi retirado do local pelos próprios alunos.

De acordo com a direção da escola, que instalou uma "comissão interracial para apurar os factos", o professor reconheceu ter tido uma atitude inadequada e pediu desculpas.

Por sua vez, o Sindicato Oficial dos Professores do estado de São Paulo exigiu uma punição exemplar "em nome da democracia, dos direitos humanos, da memória das vítimas daquela organização - ainda ativa - e do respeito pela população negra que constitui a maioria no Brasil".

"Não podemos ficar calados ou comungar quando um professor, sob qualquer pretexto, faz um gesto ou manifestação em que exalta símbolos claramente racistas", disse a associação.

Na mesma linha, a Secretaria de Educação de São Paulo afirmou que "não aceita qualquer forma de discriminação e injúria racial" e que está "comprometida com o combate aos casos de racismo" na rede educacional da região".

PUB