Procuradoria francesa pede sete anos de prisão para ex-presidente Nicolas Sarkozy
Sarkozy foi acusado dos crimes de "ocultação de desvio de fundos públicos, corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha e formação de quadrilha com vista à prática de crime", devido ao financiamento da sua campanha eleitoral em 2007, por parte do líder da Líbia, Muammar Kadaffi.
O procurador financeiro Sebastien de La Touanne descreveu as acusações contra Sarkozy e outros 12 arguidos como "corrupção de alta intensidade", dizendo ao tribunal, "surgiu uma imagem muito negra de uma parte da nossa República".
De La Touanne disse que Sarkozy concluiu "um pacto de corrupção faustiano com um dos ditadores mais desagradáveis dos últimos 30 anos". Kadafi morreu em outubro de 2011 em Sirte. na Líbia, durante as revoltas da Primavera Árabe.
"Inocente"
À saída do tribunal, os advogados de Sarkozy disseram aos jornalistas que as sentenças pedidas eram duras e infundadas.
"Ele é inocente", disse o advogado Christophe Ingrain.
Sarkozy publicou a sua reação na rede social Facebook, mantendo que o caso tem motivações políticas e prometendo que "continuarei a lutar centímetro a centímetro pela verdade e a acreditar na sabedoria do tribunal".
Os procuradores solicitaram entre um e seis anos de prisão e multas que totalizam até 150 mil euros para o antigo braço direito de Sarkozy, Claude Gueant, o antigo ministro do Interior, Brice Hortefeux, e o antigo chefe de financiamento de campanha de Sarkozy, Eric Woerth.
O ex-presidente de centro-direita tem estado envolvido em batalhas legais desde que deixou o cargo, em 2012.
Também no ano passado, um tribunal de recurso confirmou uma condenação separada por financiamento ilegal de campanhas devido à sua tentativa falhada de reeleição em 2012. Espera-se que o mais alto tribunal de França decida sobre um novo recurso ainda este ano.