Príncipe saudita quer investir na Educação, Saúde e Turismo da Guiné-Bissau

por Agência LUSA

O príncipe saudita Al-Waleed al Saud manifestou hoje a vontade de investir significativamente na Guiné-Bissau, sobretudo nas áreas da Educação, Saúde e Turismo, bem como nos Recursos Naturais.

Durante uma estada de apenas três horas em Bissau, o magnata saudita, à frente de uma delegação de cerca de três dezenas de pessoas, entre empresários, jornalistas e assistentes, foi recebido em audiências separadas pelo Presidente e primeiro-ministro da Guiné- Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira e Aristides Gomes.

A deslocação a Bissau de Al-Waleed bin Talal bin Abdoulaziz al Saud integra-se num périplo que está a efectuar a 14 países africanos, tendo já visitado Madagáscar, Tanzânia, Zâmbia, Malaui, RDCongo, Costa do Marfim, Níger, Gana, Libéria e Guiné-Bissau, seguindo depois para o Mali, Burkina Faso, Quénia e Uganda.

Com a digressão, intitulada "Investment Tour", o empresário, que foi agraciado pelo presidente da Guiné-Bissau com a medalha da Ordem Nacional de Mérito de Cooperação e Desenvolvimento, pretende descobrir áreas prioritárias para investir nos países que visita.

O magnata saudita efectuou ainda breves visitas a três instituições, o Orfanato Casa Emanuel, Palace Hotel (onde vai decorrer a cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa - CPLP) e à Universidade Amílcar Cabral (UAC, privada).

Al-Waleed al Saud, que se deslocou a Bissau a bordo de um "Boeing 747", particular, escusou-se a prestar declarações mas, segundo a sua assistente Ree Kably, a Guiné-Bissau é um país de "forte potencial de investimento".

Em breves declarações aos jornalistas, "Nino" Vieira justificou a condecoração a Al-Waleed al Saud pelo "passo significativo" dado pelo príncipe saudita com esta deslocação a Bissau, o que permitirá, disse, "reforçar os laços de cooperação" bilaterais.

Al-Waleed bin Talal já esteve na Guiné-Bissau, em meados de 2005, altura em que manifestou interesse em investir no domínio hoteleiro e prometeu conceder ajuda financeira a instituições de apoio social.

O previsto encontro de Al-Waleed al Saud com a comunidade islâmica guineense acabou por não se realizar devido à apertada agenda do príncipe saudita, que, em 2005, tinha prometido pagar a deslocação a Meca a mais de uma centena de peregrinos.


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