O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, anunciou esta quarta-feira a sua demissão, afirmando que já não se considera "a melhor pessoa para o cargo". O chefe de Governo de coligação de centro-direita citou razões "tanto pessoais como políticas" ao anunciar a sua renúncia em comunicado à imprensa.
"Estou a renunciar ao cargo de presidente e líder do Fine Gael a partir de hoje e renunciarei ao cargo de Taoiseach [primeiro-ministro] assim que o meu sucessor puder assumir esse cargo", anunciou Leo Varadkar esta quarta-feira aos jornalistas, em Dublin.
Visivelmente emocionado, o líder de 45 anos citou razões “tanto pessoais como políticas” para a sua renúncia.
“Depois de sete anos no cargo, já não tenho a impressão de ser a pessoa mais indicada para este cargo”, admitiu.
“Depois de sete anos no cargo, já não tenho a impressão de ser a pessoa mais indicada para este cargo”, admitiu.
“Os políticos são seres humanos e têm os seus limites”, acrescentou. “Damos tudo até que não seja possível mais e aí temos que virar a página”, concluiu.
Leo Varadkar tornou-se o mais jovem primeiro-ministro da história da Irlanda e o primeiro chefe de Governo homossexual ao ser indigitado em 2017, na altura com 38 anos. Varadkar serviu um primeiro mandato como primeiro-ministro de 2017 a 2020 e cumpria agora um segundo mandato desde dezembro de 2022, enquanto líder de uma coligação de centro-direita.
Leo Varadkar tornou-se o mais jovem primeiro-ministro da história da Irlanda e o primeiro chefe de Governo homossexual ao ser indigitado em 2017, na altura com 38 anos. Varadkar serviu um primeiro mandato como primeiro-ministro de 2017 a 2020 e cumpria agora um segundo mandato desde dezembro de 2022, enquanto líder de uma coligação de centro-direita.
A saída de Varadkar acontece após ter sido duramente criticado pelo fracasso do referendo, proposto a 8 de março pelo Governo, que tinha como objetivo alterar as referências às mulheres e à família na Constituição, escrita em 1937.
As duas alterações foram largamente rejeitadas. Mais de 67% votaram contra a alteração que alargava o conceito de família para além da noção de casamento e mais de 73% votaram contra a proposta que eliminava do texto o papel prioritário das mães na garantia dos "deveres domésticos" num lar.
As duas alterações foram largamente rejeitadas. Mais de 67% votaram contra a alteração que alargava o conceito de família para além da noção de casamento e mais de 73% votaram contra a proposta que eliminava do texto o papel prioritário das mães na garantia dos "deveres domésticos" num lar.
A saída de Varadkar da liderança da coligação tripartidária não desencadeia automaticamente eleições gerais.
O primeiro-ministro demissionário irá permanecer no cargo até que seja eleito um sucessor. O novo líder do partido deverá ser nomeado a 6 de abril, permitindo que um novo primeiro-ministro seja eleito após as férias da Páscoa no Parlamento.
O primeiro-ministro demissionário irá permanecer no cargo até que seja eleito um sucessor. O novo líder do partido deverá ser nomeado a 6 de abril, permitindo que um novo primeiro-ministro seja eleito após as férias da Páscoa no Parlamento.
“Acredito que este governo pode ser reeleito e acredito que o meu partido, o 'Fine Gael', pode ganhar assentos no próximo Parlamento”, disse Varadkar aos jornalistas.
“Acima de tudo, acredito que a reeleição deste governo tripartidário será a coisa certa para o futuro do nosso país, continuando a levar-nos adiante, protegendo tudo o que foi alcançado e construindo sobre isso”, acrescentou.
“Mas após uma consideração cuidadosa e alguma reflexão, acredito que um novo Taoiseach e um novo líder estarão em melhor posição do que eu para conseguir isso – para renovar e fortalecer a equipa, para concentrar a nossa mensagem nas políticas, para impulsionar a implementação”, concluiu Varadkar.
“Acima de tudo, acredito que a reeleição deste governo tripartidário será a coisa certa para o futuro do nosso país, continuando a levar-nos adiante, protegendo tudo o que foi alcançado e construindo sobre isso”, acrescentou.
“Mas após uma consideração cuidadosa e alguma reflexão, acredito que um novo Taoiseach e um novo líder estarão em melhor posição do que eu para conseguir isso – para renovar e fortalecer a equipa, para concentrar a nossa mensagem nas políticas, para impulsionar a implementação”, concluiu Varadkar.
Os candidatos à sucessão de Varadkar como líder do “Fine Gael” incluem o ministro do Ensino Superior, Simon Harris, que foi ministro da saúde durante a pandemia de Covid-19; o ministro das Empresas, Simon Coveney, ex-vice-primeiro-ministro; o ministro das Despesas Públicas, Paschal Donohoe, e a ministra da Justiça, Helen McEntee.
As próximas eleições devem ser convocadas para o início de 2025.
As próximas eleições devem ser convocadas para o início de 2025.
c/agências