O presidente ucraniano confirmou que vai esta quarta-feira a Washington encontrar-se com o homólogo norte-americano, Joe Biden, e intervir no Congresso dos Estados Unidos. É a primeira deslocação ao estrangeiro de Volodomyr Zelensky desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro.
“A caminho dos EUA para reforçar a capacidade de resistência e defesa da Ucrânia”, escreveu o presidente ucraniano no Twitter.
On my way to the US to strengthen resilience and defense capabilities of 🇺🇦. In particular, @POTUS and I will discuss cooperation between 🇺🇦 and 🇺🇸. I will also have a speech at the Congress and a number of bilateral meetings.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 21, 2022
A visita surpresa a um país estrangeiro marca uma estreia desde o início da guerra e assinala também a relação da Ucrânia com os Estados Unidos, que têm desempenhado um papel na liderança na prestação de apoio militar.
Num briefing, antes da deslocação à Casa Branca, Zelensky confirmou um novo pacote de quase dois milhões de dólares de assistência em matéria de segurança à Ucrânia. O apoio militar norte-americano inclui um novo sistema de mísseis Patriot, que ajudará a Ucrânia a proteger as suas infraestruturas contra ataques das tropas russas. Há muito tempo que os ucranianos pedem sistemas de defesa aérea com mais poderes ao Ocidente.
A Rússia tem visado o setor energético da Ucrânia deixando milhares de pessoas sem energia, numa altura em que as temperaturas estão vários graus abaixo de zero.
A Casa Branca já revelou que vai ensinar as tropas ucranianas a usar o sistema Patriot e que esse treino vai levar algum tempo.
Nos EUA, está em curso uma lei para apoiar a Ucrânia com mais de 40 mil milhões de dólares em financiamento adicional em 2023.
Zelensky já afirmou que o custo mensal da defesa da Ucrânia foi de cerca de cinco mil milhões de dólares.
A visita do Presidente ucraniano a Washington acontece um dia depois de Zelensky ter feito uma deslocação de surpresa à cidade de Bakhmut, uma localidade onde as forças de Kiev e de Moscovo travam uma feroz batalha nos últimos meses.