Presidentes sírio e russo discutem "cooperação militar"

por Agência LUSA

O presidente sírio, Bachar al-Assad, de visita a Moscovo, afirmou hoje que falará de "cooperação técnico- militar" com o seu homólogo russo Vladimir Putin, mas garantiu que não discutirá qualquer contrato concreto de venda de armas.

"Quando um presidente se desloca em visita de Estado, não discute aspectos concretos de entrega de armas, mas problemas gerais de cooperação técnico-militar", afirmou o presidente sírio, numa intervenção perante estudantes russos, antes de um encontro, no Kremlin, com Putin.

"Existem na Rússia e na Síria instituições particulares para tratar de questões" concretas de venda de armas, adiantou, referindo notícias vindas a lume, nas últimas semanas, segundo as quais Moscovo tenciona assinar com Damasco contratos para a venda de mísseis russos, nomeadamente os mísseis tácticos Iskander-E, ou os terra-ar portáteis Igla SA-18.

As informações divulgadas provocaram um arrefecimento brusco nas relações entre a Rússia e Israel, e motivou um estado de alerta em Washington.

Assad, citado pelas agências russas, defendeu, contudo o direito da Síria de adquirir armas de defesa.

Essas armas "impedem a intrusão de aviões inimigos no nosso espaço aéreo", disse Assad.

O chefe de Estado sírio declarou que se Israel é contra a possibilidade de a Rússia vender mísseis à Síria está a dar a entender que quer atacar a Síria e que não quer que esta se defenda.

O presidente Bachar al-Assad chegou segunda-feira a Moscovo para uma visita de Estado de quatro dias.

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