Em direto
Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Presidente timorense quer juventude mais instruída e envolvida na construção da sociedade

por Lusa

O Presidente de Timor-Leste defendeu hoje a importância de incentivar a "educação e formação da juventude" do país, para contribuir para a "construção de uma sociedade mais segura, justa e próspera".

"Encorajo a juventude a se envolver ativamente na construção de uma sociedade mais segura, justa e próspera, seja por meio do serviço na polícia ou através de outras formas de contribuição para o bem-estar da comunidade", afirmou José Ramos-Horta.

O chefe de Estado discursava, em tétum, na cerimónia do 24.º aniversário da criação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), instalações da Unidade Especial da Polícia.

"É crucial incentivar a educação e a formação da juventude, não apenas dentro dos currículos escolares, mas também em temas de educação cívica. Isso inclui promover valores como disciplina, respeito mútuo, cumprimento das leis, e o dever de acatar as ordens e orientações emitidas pelas autoridades legítimas de justiça e polícia", salientou no discurso, distribuído à imprensa em português.

Para Ramos-Horta, Timor-Leste precisa de jovens "mais instruídos e conscientes" sobre os direitos, liberdades e garantias, mas também dos "deveres individuais e coletivos para com os outros e para com as autoridades".

"É com grande pesar que observamos a atuação de certos grupos de jovens que, sob o pretexto desportivo das artes marciais continuam a perpetrar agressões graves, causando consideráveis prejuízos materiais e físicos, e, lamentavelmente, em algumas ocasiões, resultando em fatalidades", lamentou.

O chefe de Estado questionou também os jovens se não deviam ser adeptos da prática desportivas das artes marciais nos ringues e defender o país em competições internacionais.

"Insto a nossa juventude a refletir profundamente sobre essas questões e a escolher um caminho de contribuição positiva e construtiva para o desenvolvimento de nossa sociedade e nação", pediu.

Na semana passada, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, anunciou que o Governo decidiu prolongar por mais seis meses a prática das artes marciais em Timor-Leste, apesar da redução da "intensidade e prática de violência".

Em novembro, o Governo de Timor-Leste determinou a suspensão do ensino, da aprendizagem e prática das artes marciais, tendo em conta os graves incidentes registados no território, por um período de seis meses, a terminar em abril.

O executivo timorense indicou que, antes da suspensão das artes marciais, tinham sido registados no país um total de 54 incidentes, que causaram quatro mortos, 26 feridos e danos materiais em 21 habitações e 10 veículos.

 

PUB