O presidente da Roménia, Klaus Iohannis, anunciou esta terça-feira que tenciona candidatar-se ao cargo de secretário-geral da NATO. Em fevereiro, o atual primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, já tinha sido apontado como possível sucessor de Jens Stoltenberg.
Estes apoios colocam Rutte numa forte posição para garantir o cargo. No entanto, o presidente romeno explicou hoje que também pretende concorrer ao lugar, argumentando que a Europa de Leste deve ter mais represetatividade nos papéis de liderança.
"Chegou o momento de o nosso país assumir mais responsabilidades com as estruturas de liderança euroatlântica", afirmou Klaus Iohannis.
O presidente romeno considera que a NATO "precisa de renovar a sua perpetiva sobre a sua missão".
"A Europa de Leste tem um contributo valioso nas negociações e decisões. Com uma representação equilibrada, forte e influente deste região, a Aliança será capaz de tomar melhores decisões para responder às necessidades e preocupações de todos os Estados-membros", acrescentou.
Os líderes da NATO são nomeados por consenso. Quer isto dizer que todos os Estados-membros - agora 32, com a entrada recente da Suécia - devem concordar numa decisão final sobre o nome do secretário-geral.
País integrado na União Europeia e na NATO, a Roménia aumentou os gastos em Defesa para 2,5 por cento do PIB na sequência da invasão russa da Ucrânia. O país partilha uma fronteira de mais de 600 quilómetros com a Ucrânia e alberga no seu território um sistema de defesa contra mísseis balísticos dos EUA e um grupo de combate permanente da NATO.