O Presidente de Moçambique reconheceu hoje a importância da liderança tradicional na estabilidade e coesão social, reiterando o compromisso em reforçar a participação destes órgãos locais na implementação de políticas públicas.
"A liderança tradicional é um património vivo do nosso povo, guardiã dos valores culturais, da estabilidade social e da coesão comunitária", afirmou Daniel Chapo, num comício no distrito de Angónia, em Tete, província que visita desde segunda-feira.
Chapo falava no "reino de Zitambira", numa das comunidades que ainda mantém valores e cultura de etnia Nguni, um grupo etnolinguístico de importância histórica na região da África Austral.
Daniel Chapo destacou a importância do reconhecimento "formal e prático" das lideranças tradicionais.
O chefe de Estado defendeu maior integração destas autoridades locais no planeamento e execução de programas públicos em setores que incluem a saúde, educação e justiça comunitária.
"É com as lideranças tradicionais que devemos construir soluções enraizadas na realidade das nossas comunidades", disse Chapo.
Os povos Nguni encontram-se espalhados por vários países da região, incluindo Moçambique, Zâmbia, Tanzânia e Malaui, sendo detentores de uma rica tradição oral, estruturas organizacionais ancestrais e um forte sentido de pertença cultural.