PR guineense exonera ministro da Saúde Pública que pediu demissão do Governo

por Lusa

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exonerou hoje o ministro da Saúde Pública, Domingos Malú, que pediu a demissão do Governo há uma semana, foi anunciado pela presidência guineense.

Dirigente do Partido da Renovação Social (PRS), da ala fiel ao presidente interino, Fernando Dias, Malú pediu para sair do Governo de iniciativa presidencial na semana passada, em cumprimento de um pedido do partido.

A ala do PRS fiel a Fernando Dias está de costas voltadas ao Presidente guineense e, numa reunião do Conselho Nacional (órgão máximo entre congressos), exortou os membros do partido a saírem do Governo.

Na altura, Domingos Malú afirmou que apresentou o pedido de demissão ao primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, e hoje, por decreto, o Presidente guineense anunciou a sua saída do Governo.

Fonte do PRS indicou à Lusa que o secretário de Estado da Gestão Hospitalar, Abas Embalo, também pediu a demissão do Governo, embora ainda não tenha sido conhecida a decisão do chefe de Estado.

O PRS enfrenta divisões internas, ao ponto de o partido estar prestes a organizar dois congressos extraordinários.

Na sexta-feira, a ala de Fernando Dias realiza o congresso no clube de festas Paiã, arredores de Bissau, e no sábado, 29, uma outra fação, próxima do Presidente guineense, organiza a sua reunião magna no ilhéu de Gardete, a dez quilómetros de Bissau.

Esta ala do PRS, é co-liderada pelo atual ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, presidente em exercício do conselho de jurisdição do partido, e por Ibraima Sory Djaló, um veterano e membro fundador.

O PRS foi, a par de outras formações políticas e figuras guineenses, apoiante de Umaro Sissoco Embaló nas eleições presidenciais de 2019, mas ultimamente regista-se um claro distanciamento entre a direção do partido e o chefe de Estado.

No dia 18, três dirigentes da Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) do ex-primeiro-ministro, Nuno Nabiam, demitiram-se do Governo em obediência às orientações do partido que alega ter retirado confiança política a Sissoco Embaló.

Trata-se dos ministros da Juventude, Cultura e Desporto, Augusto Gomes, da Energia, Hediberto Infanda, e o secretário de Estado da Juventude, Garcia Biifa.

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