"Potenciais preocupações". EUA analisam perigos do DeepSeek para a segurança nacional
As autoridades norte-americanas estão a analisar as implicações do novo modelo chinês de Inteligência Artificial (IA), o DeepSeek, para a segurança nacional dos Estados Unidos. A informação foi avançada terça-feira pela Administração Trump, depois de a Marinha dos EUA ter proibido os seus membros de usarem a nova plataforma chinesa devido a "potenciais preocupações éticas e de segurança".
Antes, de acordo com a estação CNBC, a Marinha dos EUA enviou um e-mail aos seus funcionários avisando-os que não deveriam utilizar o DeepSeek devido a “potenciais preocupações éticas e de segurança associadas à origem e utilização do modelo”.
No mesmo dia, o czar da Inteligência Artificial e criptografia da Casa Branca, David Sacks, foi questionado pela Fox News sobre se havia roubo de propriedade intelectual envolvido na ascensão do DeepSeek.
A OpenAI, fabricante do ChatGPT, veio entretanto reforçar essa posição, dizendo que as empresas chinesas, entre outras, estão “constantemente a tentar destilar os modelos das principais empresas de IA dos EUA”.
Entretanto, a DeepSeek afirmou ter sido alvo de ataques informáticos. Na segunda-feira, a empresa adiantou que iria limitar temporariamente os registos devido a “ataques maliciosos em grande escala” ao seu software.
O canal chinês Yuyuan Tantian também adiantou que a empresa enfrentou "vários" ataques informáticos nas últimas semanas, que aumentaram de "intensidade".
Quando a DeepSeek agitou os mercados esta semana, o presidente Donald Trump descreveu-a como "uma chamada de atenção" para a indústria tecnológica dos EUA, sugerindo ao mesmo tempo que poderia acabar por ser um sinal "positivo".
"Se for possível fazê-lo mais barato, se for possível fazê-lo por menos e chegar ao mesmo resultado final. Penso que isso é uma coisa boa para nós", declarou.
c/ agências