Portugueses em hotel alvo de ataque concertado em Bombaim

por Alexandre Brito, RTP
Os atacantes procuravam cidadãos estrangeiros EPA

Homens armados com metralhadoras e granadas atacaram de forma coordenada vários locais da cidade de Bombaim, a capital financeira da Índia. Pelo menos 8O pessoas morreram e cerca de 900 ficaram feridas. A RTP sabe que pelo menos uma portuguesa e um outro cidadão com passaporte português estavam hospedados no hotel Taj Mahal, um dos alvos do ataque.

No altura do ataque o cidadão com passaporte português estava reunido com o director do hotel. Ficaram fechados, juntamente com outros hóspedes, na ala mais segura do Taj Mahal.

Os ataques foram realizados nos hóteis Taj e Oberoi, no café Leopold, um dos restaurantes mais famosos da cidade, no Hospital Cama, na estação ferroviária de Chhatrapati Shivaji e em outros dois locais.

Na estação ferroviária, testemunhas disseram que vários homens armados com metralhadoras AK-47 abriram fogo e largaram granadas no 'hall' da gare central pouco depois das 22h30 (17h00 GMT).

Nos dois hotéis referidos, as agências de informação adiantaram que a polícia envolveu-se num tiroteio com os atacantes. “Alguns dos terroristas estão agora fechados no interior do hotel Taj”, disse então à Agence France Press o chefe da polícia de Maharashtra.

O jornal "The Time of India" adiantava que "dois terroristas levaram 15 pessoas, metade estrangeiros, para o telhado do hotel de luxo Taj".

Uma testemunha britânica que estava hospedada no hotel Taj afirmou à Reuters que o alvo principal dos homens armados eram turistas estrangeiros. "Perguntavam por passaportes britânicos e norte-americanos", disse Rakesh Patel. "Eles tinham bombas".

De acordo com Patel, os atacantes eram homens jovens "com 20 a 25 anos".

Os ataques foram reivindicados por uma organização até agora desconhecida, os "Deccan Mujahideen", que enviaram um email aos meios de informação da Índia.
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