Portugal poderá colaborar na formação de forças policiais de países lusófonos

por Lusa

Portugal está disponível para cooperar com países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) na formação de forças policiais em várias áreas e no combate à criminalidade, indicou o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública portuguesa. 

Em entrevista à ONU News a propósito da sua participação na Conferência de Chefes da Polícia, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Luís Carrilho indicou que Portugal pretende melhorar a colaboração com a ONU em áreas como formação e desenvolvimento de forças policiais que possam atuar em situações de conflito, pós-conflito e outras crises.

Carrilho defendeu que Portugal pode oferecer apoio multilateral em várias áreas, como manutenção de ordem pública, policiamento comunitário, ou mesmo ajudar nos motivos que deram origem a conflitos.

"Que nós, pela nossa ação com as forças de segurança nacionais, consigamos promover os valores de uma vida normal em sociedade e promover o respeito pelas minorias e por uma vida normal pelos cidadãos em paz, liberdade e em segurança. (...) A aprendizagem é mútua", garantiu.

Luís Carrilho, que já foi também conselheiro de polícia das Nações Unidas e diretor da divisão de Polícia no Departamento de Operações de Paz da ONU, destacou as vantagens para Portugal desta participação e colaboração internacionais.

"Temos novas aprendizagens, lidamos com novas culturas, novas formas de ver problemas policias, que, quando regressados a Portugal, podem ajudar a que a segurança em Portugal seja cada vez melhor", explicou à ONU News.

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública portuguesa apontou ainda que manteve reuniões em Nova Iorque com países da CPLP, como Timor-Leste ou Angola.

Questionado sobre as áreas que podem vir a ser exploradas com esses países lusófonos, Carrilho apontou a formação em várias áreas, desde segurança pessoal, ordem pública e trânsito, até à investigação criminal, mas também o combate à criminalidade e formas de aprofundar cooperação e desenvolvimento.

"Essa cooperação é muito importante, porque une-nos não só a língua, como também um passado comum. Mas une-nos mais do que isso uma amizade e irmandade de respeito mútuo, e o interesse mútuo em aprofundar a cooperação institucional", afirmou.

Neste seu regresso à sede da ONU, Carrilho ressaltou a importância de se manter o foco na manutenção da ordem e da segurança públicas observando o Estado de direito e os padrões internacionais de direitos humanos.

Portugal apoia algumas das 14 missões de paz e políticas como parte da Polícia das Nações Unidas, que possui 6.438 membros de 94 Estados-membros, de acordo com a plataforma ONU News.

Os pilares essenciais incluem melhorar a paz e a segurança internacionais em colaboração para promover serviços policiais eficazes, eficientes, representativos, sensível e responsável que sirvam e protejam o público.

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