"Porreiro pá!", disse José Sócrates a Durão Barroso, no final da conferência de imprensa em que os dois dirigentes anunciaram e comentaram o acordo sobre o novo Tratado europeu alcançado hoje na Cimeira europeia de Lisboa.
O microfone ainda estava aberto e a exclamação do primeiro-ministro português ouviu-se na sala da conferência de imprensa
Visivelmente satisfeitos, o presidente em exercício da UE e o presidente da Comissão Europeia concluíram a conferência de imprensa conjunta com um aperto de mão e um vigoroso abraço.
Antes, o primeiro-ministro português explicou como tinha conseguido convencer a Polónia a dar o seu acordo final ao oficialmente designado Tratado Reformador da UE.
Sócrates afirmou que a proposta apresentada à Polónia sobre o mecanismo de Ioannina foi aquela que a presidência portuguesa tinha previamente elaborado para esta ocasião e que Varsóvia aceitou em reunião bilateral.
A solução para as exigências polacas passou pelo reforço do estatuto político e jurídico do chamado Compromisso de Ioannina, que permite, em certas circunstâncias, suspender uma decisão comunitária adoptada por uma maioria qualificada de Estados-membros, num protocolo anexo ao novo Tratado.
O primeiro-ministro português anunciou que os líderes dos 27 chegaram a acordo sobre o novo Tratado Reformador da UE, que será formalmente assinado a 13 de Dezembro, em Lisboa.
"Nasceu hoje o novo Tratado de Lisboa. É uma vitória da Europa", declarou o presidente em exercício da UE, após a obtenção do acordo na Cimeira europeia de Lisboa, que termina hoje ao fim da manhã.
Para José Sócrates, o acordo sobre o novo Tratado permite à UE "vencer a sua crise institucional, dando um importante passo para a sua afirmação".
"A Europa sai mais forte para assumir o seu papel no mundo e resolver os problemas da economia e dos seus cidadãos", disse, tendo ao seu lado o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Segundo o primeiro-ministro português, "com este acordo e com o novo Tratado, o projecto europeu está em desenvolvimento e a Europa pode agora olhar com confiança para o seu futuro".
"A presidência portuguesa cumpriu o seu plano: discutir e aprovar o Tratado na quinta-feira e na sexta-feira (hoje - segundo e último dia da Cimeira europeia de Lisboa) começar a discutir os assuntos importantes para o futuro da UE", frisou Sócrates.
A aprovação do novo Tratado europeu na Cimeira informal de Lisboa, que se iniciou hoje, era "a prioridade das prioridades" da actual presidência da UE, que termina a 31 de Dezembro próximo.
É a terceira vez que Portugal assume uma presidência semestral do bloco europeu comunitário, desde que o país aderiu à então designada CEE, há 21 anos.
SRS/RM/PMF.
Lusa/Fim
Lisboa, 19 Out (Lusa) - «Porreiro pá!» - foi desta forma descontraída, com um aperto de mão e um abraço a Durão Barroso que José Sócrates encerrou hoje a conferência de imprensa na qual anunciou o acordo sobre o «Tratado de Lisboa».
Visivelmente satisfeito, o Presidente de turno da UE concluiu a conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Comissão Europeia explicando como tinha conseguido convencer a Polónia a dar o seu acordo final ao tratado reformador europeu.
Sócrates afirmou que a proposta apresentada à Polónia, sobre os mecanismos de «Ionanina» foi aquela que a Presiência portuguesa tinha previamente elaborado para esta ocasião e que Varsóvia aceitou em reunião bilateral.
A solução para as exigências polacas passou pelo reforço do estatuto político e jurídico do chamado Compromisso de Ioannina, que permite, em certas circunstâncias, suspender uma decisão comunitária adoptada por uma maioria qualificada de Estados-membros, num protocolo anexo ao tratado.
O primeiro-ministro português anunciou que os líderes dos 27 chegaram a acordo sobre o novo Tratado Reformador da UE, que será formalmente assinado a 13 de Dezembro, em Lisboa.
"Nasceu hoje o novo Tratado de Lisboa. É uma vitória da Europa", declarou o presidente em exercício da UE, após a obtenção do acordo na Cimeira europeia de Lisboa, que termina hoje ao fim da manhã.
Para José Sócrates, o acordo sobre o novo Tratado permite à UE "vencer a sua crise institucional, dando um importante passo para a sua afirmação".
"A Europa sai mais forte para assumir o seu papel no mundo e resolver os problemas da economia e dos seus cidadãos", disse, tendo ao seu lado o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Segundo o primeiro-ministro português, "com este acordo e com o novo Tratado, o projecto europeu está em desenvolvimento e a Europa pode agora olhar com confiança para o seu futuro".
"A presidência portuguesa cumpriu o seu plano: discutir e aprovar o Tratado na quinta-feira e na sexta-feira começar a discutir os assuntos importantes para o futuro da UE", frisou.