População nas favelas do Brasil cresce 43,5% em 12 anos para mais de 16 milhões

por Lusa

A população que mora em favelas no Brasil cresceu 43,4% em 12 anos e atingiu 16,3 milhões em 2022, representando 8,1% dos habitantes do país, segundo dados oficiais hoje divulgados.

No total, o Brasil tem 12.348 favelas, segundo último Censo realizado no país em 2022, o que é quase o dobro do número registado em 2010 (6.329 favelas onde moravam 11.425.644 pessoas), segundo os números avançados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, "esse aumento pode ser explicado também pelo aperfeiçoamento tecnológico na operação censitária e um maior conhecimento do território, melhorando a captação das informações sobre essa população no período `intercensitário`". 

A favela mais populosa do Brasil, com 72.021 habitantes, é a Rocinha, no Rio de Janeiro, seguida pela favela do Sol Nascente, em Brasília, com 70.908 habitantes, Paraisópolis, em São Paulo, com 58.527 pessoas, e a favela Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus, com 55.821 moradores.

Os dados do Censo mostraram que nas favelas a proporção de negros e pardos é superior à média do país, enquanto a população branca está 20 pontos abaixo da média.

O Censo 2022 identificou 6.556.998 domicílios em Favelas e Comunidades Urbanas em todo o país, dos quais 5.557.391 (ou 84,8%) eram domicílios particulares permanentes ocupados.

Cerca de 93,3% dos domicílios em favela são casas, proporção mais alta do que a do conjunto dos domicílios do país (82,3%). Apenas 2,8% dos domicílios em Favelas são apartamentos, enquanto no total dos domicílios do país 14,9% são apartamentos.

A grande maioria das residências (86,4%) nas favelas tem água canalizada e 74,6% estão ligadas à rede de esgoto.

O IBGE também identificou 50.934 templos nas favelas, sendo que os edifícios religiosos excedem em muito as 7.896 escolas e 2.792 centros de saúde.

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