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Políticos brasileiros divididos sobre decisão que considerou Moro parcial

por Mário Aleixo - RTP
A decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil de ilibar Lula da Silva, no caso Triplex, está a dividir os políticos brasileiros Joedson Alves - EPA

Políticos brasileiros mostraram-se divididos nas reações à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial ao condenar o antigo presidente Lula da Silva.

Para o presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Arthur Lira, que apontou "parcialidades, seletividade e perseguições" à operação anticorrupção Lava Jato, no âmbito da qual Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado por Moro.

Já o candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores (PT) em 2018 Fernando Haddad, que perdeu a eleição para o atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, afirmou tratar-se de um "dia histórico" e que o "herói (Moro) foi desmascarado".

"Ao proclamar que Sergio Moro nunca foi juiz imparcial, foi carrasco, o STF fez mais do que garantir a Lula os direitos roubados pela Lava Jato. Começou hoje o caminho para recuperar a credibilidade do Judiciário brasileiro. Vitória da Justiça, do Direito e da esperança", indicou, por sua vez, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, declarou que o Supremo encerrou um "triste capítulo" da história do Direito no Brasil.
Críticos da decisão

Do lado dos que criticaram a decisão do STF está o deputado federal Marcel van Hattem, do partido Novo, que disse o Supremo decidiu "a favor da impunidade no país".

O ex-ministro da Educação brasileiro Abraham Weintraub usou o Twitter para defender que o "mecanismo venceu mais uma vez" e que o país caminha "para uma rutura".

Na terça-feira, o STF decidiu que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar Luiz Inácio Lula da Silva no caso do apartamento triplex do Guarujá (São Paulo), no âmbito da Lava Jato.

Com esta decisão, foi anulado todo o processo do caso triplex, que terá de ser retomado do início pelos investigadores.

Entre os argumentos para considerar a parcialidade de Moro, os magistrados citaram conduções coercivas, mediatização do caso, intercetações telefónicas e quebras de sigilo.

Com a decisão Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou os direitos políticos.

c/ agências
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