Político lusodescendente denuncia assédio policial na Venezuela

por Lusa
Lusodescendente denuncia repressão velada na Venezuela Christian Veron - Reuters

O político lusodescendente Juan Barreto, líder do partido da oposição Redes, denunciou estar a ser assediado por funcionários dos serviços de informação da Venezuela, que acusou de manterem uma viatura à porta da sua casa.

"De maneira contínua, uma comissão de polícia do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN, serviços de informações), com armas longas e encapuzados, está estacionada mesmo em frente ao portão da minha casa. Tiram fotografias à fachada e às pessoas que me vêm visitar", denunciou Barreto na rede social X.

Na mesma rede social, o lusodescendente, que entre 2004 e 2008 foi presidente da área metropolitana de Caracas, questionou se "é a isto que chamam vigilância e guarda estática ou será outra coisa".

"Eu chamo-lhe cerco, assédio e intimidação", sublinha Barreto, neto de madeirenses que emigraram para a Venezuela.

Segundo Barreto, a ação policial "é levada a cabo sem qualquer desculpa, legalidade ou motivo".

"Sou um homem de paz, não sou um conspirador. Sou conhecido por lutar pelos direitos humanos e sociais dos trabalhadores e pela liberdade dos presos, respeitando sempre a Constituição", sublinhou.

Barreto disse que é membro do Centrados, uma organização política legalmente constituída e acrescentou acreditar "que a solução para o conflito é pacífica e política".

"Alerto a população para esta situação irregular e responsabilizo o governo pela minha integridade física, da minha família e da minha casa (...) Quem não deve, não teme. Vou ficar na minha casa. Peço a todos que tomem conta de vós e cuidem de vós próprios. A Venezuela precisa de todos nós", concluiu.

 

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