O político leal ao governo Mikhail Kavelashvili foi eleito hoje Presidente da Geórgia, durante uma votação no parlamento que foi boicotada pela oposição, segundo a Comissão Eleitoral Central da república caucasiana.
Kavelashvili, que recebeu o apoio de 224 dos 300 deputados nacionais e municipais que participaram na votação, substitui a líder da oposição Salome Zurabishvili, que se recusa a deixar o cargo por não reconhecer a legitimidade do resultado legislativo das eleições parlamentares de outubro passado.
Kavelashvili, que representa o partido " sonho georgiano", com ligações a Moscovo, é um ex-jogador de 53 anos da Premier League e da seleção georgiana apoiado pelo primeiro ministro em exercicio.
Pela primeira vez, a Geórgia elege um presidente por voto indireto, através de um colégio eleitoral e não por voto popular, no seguimento de mudanças constitucionais impostas em 2017.
Preve-se que seja mais um dia de protestos nas ruas da capital.
Os protestos entram na terceira semana já com centenas de detenções em mais de quarenta cidades da Georgia.
Os manifestantes pró-europa voltaram a juntar-se desde a noite de ontem em frente ao parlamento.
São apoiados pela atual Presidente que denuncia sucessivas irregularidades nas eleições legislativas de 26 de outubro vencidas pelo partido no poder.
A policia de intervenção está posicionada em vários pontos de Tbilisi com canhões de água.
Ontem, a atual Presidente Salome Zurabishvili reiterou que não abandonará o cargo, por considerar ilegítima a votação, e apelou à continuação dos protestos.
c/agências