A polícia da Coreia do Sul disse esta segunda-feira que está a analisar os registos telefónicos pessoais do presidente deposto, Yoon Suk-yeol, no âmbito da investigação à declaração de lei marcial no início do mês.
Uma equipa de investigação especial está a analisar os registos de conversas com indivíduos alegadamente envolvidos na imposição da lei marcial a 3 de dezembro, após ter obtido os documentos através de uma ordem judicial.
A polícia está também a trabalhar para obter acesso a um telefone seguro utilizado por Yoon e aos registos dos Serviços de Segurança da Presidência.
As autoridades obtiveram um documento que Yoon entregou ao ministro das Finanças, Choi Sang-mok, durante uma reunião do Conselho de Ministros que decorreu antes da imposição da lei marcial.
O texto descreve medidas para cortar nas despesas de funcionamento da Assembleia Nacional e para aprovar, ao abrigo da lei marcial, o orçamento que o parlamento da Coreia do Sul, dominado pela oposição, tinha rejeitado.
A polícia já interrogou dez dos 12 participantes na reunião do Conselho de Ministros de 3 de Dezembro, embora ainda não tenha interrogado nem Yoon nem o ex-ministro da Defesa, Kim Yong-hyun.
Na sexta-feira, Yoon, de 63 anos, foi novamente convocado pelos investigadores, depois de ter rejeitado um pedido anterior.
O presidente não foi à audiência para a qual tinha sido convocado na quarta-feira, sem dar qualquer justificação para a ausência.
No início da semana passada, os procuradores ordenaram que se apresentasse para ser interrogado ou enfrentaria a prisão, mas entretanto entregaram o caso à agência anticorrupção.