A polícia francesa anunciou esta quinta-feira o início de uma operação de evacuação de dois campos de migrantes e refugiados, onde há vários meses se encontram entre 600 e 1.200 pessoas a viver em tendas improvisadas, no nordeste de Paris.
As mulheres e crianças eram as primeiras nas filas, ficando os homens para último. A maioria destes migrantes veio da Eritreia ou do Afeganistão.
Esta operação, numa escala sem precedentes, surge um dia depois de o ministro francês do Interior, Christophe Castaner, ter assumido "o compromisso" de evacuar aqueles campos no nordeste de Paris "até ao final do ano".
"Esta operação foi decidida como parte da implementação do plano" do Governo, afirmou o responsável da polícia de Paris, Didier Lallement, à imprensa.Nos próximos dias serão evacuados outros campos no norte de Paris.
Alguns dos migrantes que habitavam nos campos agora evacuados já possuem o estatuto de refugiado, mas ainda não conseguiram encontrar alojamentos permanentes.
“É horrível. Durmo na rua, às vezes consigo comer, outras vezes não”, contou um dos refugiados, vindo do Sudão, à rádio France Info. “Preciso de uma casa e de trabalho. Quero viver”.
Ação "humanitária"
Nos últimos quatro anos já houve mais de 30 evacuações de campos de migrantes na capital francesa. No entanto, na maioria dos casos os migrantes acabam por voltar a viver nas ruas e com as mesmas condições.
A presidente da Câmara Municipal de Paris, Anne Hidalgo, tem acusado o Governo de Emmanuel Macron de falhar na prestação de apoio às pessoas que dormem pelas ruas da cidade.
A autarca afirmou esta quinta-feira que lhe foram dadas garantias de que serão atribuídos alojamentos permanentes aos migrantes que habitavam as áreas hoje evacuadas. “Finalmente, hoje é passada a mensagem de que precisamos de ter soluções organizadas, dignas e humanitárias”, salientou, enquanto observava a evacuação.
A autarca afirmou esta quinta-feira que lhe foram dadas garantias de que serão atribuídos alojamentos permanentes aos migrantes que habitavam as áreas hoje evacuadas. “Finalmente, hoje é passada a mensagem de que precisamos de ter soluções organizadas, dignas e humanitárias”, salientou, enquanto observava a evacuação.
Michel Cadot, o chefe das forças policiais parisienses, garantiu que passará agora a haver uma presença permanente da polícia para “evitar que estes campos voltem a formar-se”. “Esse é o novo elemento em comparação com as medidas que têm sido tomadas no passado”, explicou.
Cadot considerou que a evacuação dos campos se traduz na “recuperação do espaço público” e as autoridades no local descreveram como uma ação “humanitária” a de levar os migrantes para abrigos.
Cadot considerou que a evacuação dos campos se traduz na “recuperação do espaço público” e as autoridades no local descreveram como uma ação “humanitária” a de levar os migrantes para abrigos.
c/ Agências