Polícia Federal do Brasil disponível para ajudar no Equador

por Lusa
A situação no Equador continua preocupante Jose Jacome - EPA

A Polícia Federal (PF) do Brasil está disponível para ajudar o Equador a combater a vaga de violência provocada por grupos de crime organizado no país, disse na quarta-feira o diretor-geral da instituição.

Numa entrevista à agência de notícias EFE, Andrei Rodrigues, também secretário executivo da associação de Polícias da América (Ameripol), ofereceu o apoio da organização e da representação brasileira na Interpol.

Rodrigues disse que a ideia é conseguir "um grande ambiente de cooperação" no continente americano, onde a troca de informações e o trabalho de inteligência sejam a base inicial de apoio, ao invés do envio de pessoal ou armas ao país.

"Muito mais do que armas e munições, a inteligência é importante", disse o dirigente.

O líder da PF lembrou que, como o Brasil não tem fronteira com o Equador, convocou os adidos policiais na Colômbia e do Peru "para acompanharem (a situação) e seguirem de perto toda a movimentação na região e os possíveis impactos" para o Brasil.

Desde outubro, revelou ainda Rodrigues, está destacado um agente policial equatoriano no Centro de Cooperação Policial Internacional, no Rio de Janeiro.

O agente do Equador "está a trabalhar em conjunto com a nossa equipa e com (representantes de) outros países da região, o que também nos permite uma troca fluida de informações", afirmou.

O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, Jaime Vela, anunciou na quarta-feira que as operações realizadas no dia anterior resultaram na detenção de "329 terroristas" e na morte de cinco.

Numa conferência de imprensa, Vela disse que não há soldados feridos ou mortos, embora dois agentes policiais tenham sido mortos e um gravemente ferido.

O dirigente anunciou que as autoridades conseguiram capturar 28 reclusos que tinham escapado e libertar 41 guardas e funcionários sequestrados durante motins em cinco prisões do Equador, na segunda-feira.

Vela indicou que ainda há 139 pessoas em cativeiro nas prisões do país.

 

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