A polícia moçambicana dispersou hoje com disparos de gás lacrimogéneo centenas de manifestantes pró Venâncio Mondlane que contestam os resultados eleitorais, cantando, de joelhos, o hino nacional, no centro de Maputo.
A intervenção policial aconteceu cerca das 13:20 locais (11:30 em Lisboa), pelo menos junto à estátua de Eduardo Mondlane, na avenida central de Maputo com o mesmo nome, provocando a fuga momentânea dos manifestantes.
Este é o último dos três dias da nova fase de protestos convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A ação, explica Mondlane, é o luto pelas vítimas, manifestantes - segundo o candidato um total de 50 mortos nos últimos dias - que participaram em ações de protesto anteriores, disse, "baleadas pelas autoridades que as deviam proteger".
O candidato apoiado pelo Partido Otimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) contesta a atribuição da vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), com 70,67% dos votos, segundo os resultados anunciados em 24 de outubro pela CNE e que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional.