PM são-tomense promete criar condições para que o hospital funcione normalmente

por Lusa

São Tomé, 21 dez 2021 (Lusa) -- O primeiro-ministro são-tomense visitou hoje o Banco de Urgência do Hospital Central, que esteve paralisado na última semana devido a um protesto, e prometeu priorizar a saúde e criar condições para que a instituição funcione normalmente em 2022.

Jorge Bom Jesus foi constatar `in loco` as intervenções realizadas no Banco de Urgência, 24 horas após o levantamento da paralisação dos serviços desta unidade hospitalar.

"Os trabalhos reataram desde ontem [segunda-feira], eu vim constatar e as pessoas estão a trabalhar, os pacientes estão a ser atendidos, mas há obras ainda em curso, sobretudo ao nível da climatização [de outras áreas], ainda há algumas melhorias e benfeitorias que têm que ser feitas", afirmou o chefe do Governo.

O primeiro-ministro referiu que "além dos problemas de equipamentos", o Hospital Central Doutor Ayres de Menezes tem "outros problemas de infraestruturas que precisam de ser reabilitadas".

"É o nosso hospital de referência. Cobre o distrito de Água Grande e o país todo. Portanto, as valências e as especialidades que aqui existem obriga a que toda a gente tenha que recorrer a esses serviços. Daí que tenhamos que criar condições mínimas para que esse hospital funcione regularmente. É isso que nós vamos fazer", disse, Jorge Bom Jesus.

 O primeiro-ministro assegurou que com a aprovação final global do Orçamento do Estado na próxima semana, o Governo vai "priorizar esta área que é vital", considerando que "sem a saúde não há desenvolvimento".

"Temos que hierarquizar as nossas despesas e as nossas prioridades e, de facto, temos que investir mais neste hospital, sem esquecer os recursos humanos. Uma infraestrutura destas não funciona sem criar condições mínimas de trabalho", precisou o chefe do Governo.

Jorge Bom Jesus reconheceu as reivindicações dos profissionais de saúde afirmando que "de fato, faltava condições, pelo menos no banco de urgências".

Contudo, o chefe do governo não descartou um possível processo de responsabilização dos profissionais de saúde pela paralisação, que o ministro da Saúde admitiu enquadrar enquanto "negação do socorro", uma vez que aconteceu uma semana antes de expirar o prazo acordado pelas partes num memorando assinado em novembro.

 "Vai se analisar. O ministro é da área e ele vai fazer o seu trabalho, apresentará ao chefe do Governo, nós analisaremos e tentaremos ser o mais justo possível", explicou.

O diretor do hospital, Américo Pinto, lamentou a paralisação, tendo garantido que as reivindicações dos provisionais de saúde "foram atendidas na segunda e terça-feira [da semana passada]", mas a direção do hospital decidiu fazer outras intervenções, nomeadamente a pintura do edifício e a climatização de outros serviços que ainda estão em curso.

Amério Pinto disse que as intervenções no Banco de Urgência só iniciaram a uma semana do fim do prazo assinado no memorando por causa de burocracias legais.

"A lei de licitação do país não nos possibilita fazer as intervenções, às vezes, em tempo real conforme as vezes as situações exigem", justificou.

O diretor do Hospital avançou que com o aproximar da quadra festiva já estão a tratar do "aprovisionamento de medicamentos" para o reforço do stock do sistema nacional de saúde.

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