PM israelita visitou kibutz que foram alvo de massacres do Hamas

por Lusa

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitou hoje os `kibutz` de Beeri e Kfar Azza, na primeira visita desde o massacre cometido pelo Hamas contra os seus habitantes.

Na visita à porta fechada aos `kibutz` (antigas aldeias agrícolas coletivistas), Netanyahu viu as casas destruídas tanto pelos ataques das milícias do Hamas como pelos mísseis lançados a partir da Faixa de Gaza e reuniu-se com os militares israelitas na zona, incluindo o comandante da Brigada Paraquedista, coronel Ami Biton, relata o jornal Yedioth Aharonoth.

No seu encontro com os militares, Netanyahu disse aos soldados que "a continuação da ofensiva [contra o Hamas] está em curso" quando se aguarda uma possível incursão terrestre em grande escala na Faixa de Gaza, a primeira desde a operação Chumbo Fundido, em 2008.

A visita de Netanyahu durante um novo alerta de mísseis no centro do país. O Hamas também anunciou um novo ataque contra o aeroporto internacional Ben Gurion e uma nova descarga foguetes contra Ashdod e Ashkelon, sem relatos de vítimas até agora.

O Governo israelita tem sido alvo de duras críticas por parte da oposição, que denunciou a total falta de preparação das autoridades face ao ataque sem precedentes do Hamas. Neste momento, Israel está sob um Governo de emergência por acordo entre Netanyahu e o agora ministro sem pasta Benny Gantz, que também visitou as cidades do sul e prometeu fazer todo o possível para encontrar os desaparecidos e raptados pelo Hamas.

"Sei que leva tempo e que a realidade é difícil e indescritível. Investiremos todos os esforços possíveis em todos os canais possíveis", declarou Gantz.

O grupo islamita Hamas lançou há uma semana um ataque surpresa contra Israel com milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

Nas últimas horas, um ultimato israelita à população do norte de Gaza provocou a fuga de centenas de milhares de habitantes de uma região que conta com 1,1 milhões de pessoas, ou seja, metade da população total do enclave, devido ao receio de uma iminente incursão terrestre em grande escala do exército israelita.

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