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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

`Plano de vitória` defende apoio duradouro do Ocidente e entrada na NATO

por Lusa

O `plano de vitória` do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky conta com cinco eixos principais, que incluem um maior e duradouro apoio do Ocidente, a entrada na NATO ou o uso de armas de longo alcance contra a Rússia.

Embora nenhum documento tenha sido tornado público e certos aspetos sejam classificados como secretos, Zelensky revelou as linhas gerais do seu plano na quarta-feira perante o parlamento ucraniano, após mais de dois anos e meio de uma guerra devastadora com a Rússia.

O chefe de Estado ucraniano apelou na quarta-feira aos seus aliados ocidentais para que convidem Kiev a aderir à NATO, um elemento-chave do seu `plano de vitória` para pôr fim à invasão russa.

"O primeiro ponto é um convite da NATO, a partir de agora [Vladimir] Putin deve ver que os seus cálculos geopolíticos estão a falhar", sublinhou durante o seu discurso, referindo-se à ofensiva da Rússia iniciada em fevereiro de 2022, em particular para evitar uma aproximação entre Kiev e a Aliança Atlântica.

O segundo ponto levantado pelo Presidente ucraniano é um conjunto de medidas relativas à frente de combate que hoje se estende do sudeste ao nordeste da Ucrânia, passando pela região russa de Kursk.

Com mais homens, mais armas e sem contar com as perdas, a Rússia aproveitou a vantagem durante um ano e está constantemente a conquistar mais terreno.

Uma medida emblemática é continuar as operações em solo russo, como o ataque surpresa de 06 de agosto na região de Kursk.

Além disso, Zelensky exigiu mais uma vez aos seus parceiros o levantamento das "restrições ao uso de armas de longo alcance em todo o território ucraniano ocupado pela Rússia e em território russo", a continuação da ajuda ocidental para treinar e equipar "brigadas de reserva das forças armadas ucranianas", bem como o fornecimento de "dados de satélite em tempo real".

Zelensky apela ainda aos seus aliados ocidentais para que implementem meios de dissuasão não nucleares na Ucrânia e a capacidade de atacar profundamente o território russo.

"A Ucrânia propõe-se implantar no seu território um conjunto abrangente de medidas estratégicas de dissuasão não nucleares, que serão suficientes para proteger a Ucrânia de qualquer ameaça militar da Rússia", frisou.

Este ponto está detalhado num "anexo secreto" que foi apresentado aos Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália e Alemanha.

Contudo, Putin tinha anunciado, mesmo antes do discurso de Zelensky, que a Rússia iria reservar-se o direito de responder com os seus mísseis nucleares a ataques convencionais.

O quarto ponto diz respeito ao crescimento económico da Ucrânia.

Quer se trate da exploração mineral ou agrícola, Zelensky elogiou os recursos disponíveis em solo ucraniano, estimando que poderiam constituir um lucro inesperado de "vários milhares de milhões de dólares" que estariam abertos aos aliados da Ucrânia.

Prevê "um acordo especial sobre a proteção conjunta dos recursos críticos" da Ucrânia, bem como a sua exploração conjunta com os aliados. Também aí existe um "anexo secreto".

O último ponto diz respeito ao período do pós-guerra. Nesta parte, o Presidente ucraniano planeia "substituir certos" contingentes militares norte-americanos na Europa "por unidades ucranianas", fazendo uso da sua experiência contra a Rússia.

Após a sua apresentação, o Kremlin ignorou as declarações de Zelensky, acusando o Presidente ucraniano de tentar pressionar os Estados-membros da Aliança Atlântica para "entrar em conflito direto" com Moscovo.

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