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Petrobras anuncia 3,3 mil milhões de euros em dividendos

por Lusa
A Petrobras continua a distribuir dividendos extraordinários aos acionistas Andre Borges - EPA

A petrolífera brasileira Petrobras aprovou a distribuição de 20 mil milhões de reais (cerca de 3,3 mil milhões de euros) em dividendos extraordinários aos acionistas.

O valor decidido na quinta-feira pelo Conselho de Administração da maior empresa do Brasil equivale a 1,55 reais (0,25 euros) por cada ação preferencial ou ordinária em circulação.

A Petrobras afirmou em comunicado que a medida está alinhada com a atual política de remuneração, que prevê a distribuição de dividendos extraordinários "desde que seja preservada a sustentabilidade financeira".

Os dividendos extraordinários foram motivo de tensão entre o anterior presidente da empresa, Jean Paul Prates, que era favorável à distribuição, e uma parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se opôs.

Lula da Silva declarou em março que a Petrobras, enquanto empresa controlada pelo Estado, "não podia pensar apenas nos seus acionistas" e que precisava de investir mais em investigação e infraestruturas.

As críticas afundaram as ações da petrolífera em bolsa, obrigando o governo a reverter a recusa em distribuir dividendos extraordinários.

No entanto, em maio, Lula acabou por demitir Jean Paul Prates e nomear a atual presidente, Magda Chambriard, antiga diretora da Agência Nacional do Petróleo, órgão regulador do setor no Brasil.

A Petrobras vive um período de instabilidade, com seis presidentes em poucos anos, numa altura em que as grandes petrolíferas em todo o mundo estão numa encruzilhada diante do desafio da transição energética.

A Petrobras registou um lucro líquido de 53,65 mil milhões de reais (8,72 mil milhões de euros) nos primeiros nove meses do ano, menos 47,7% em comparação com o mesmo período de 2023.

 

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