"Persona non grata". Mais de 100 países assinam carta em defesa de Guterres
O Chile é o primeiro subscritor de uma carta que junta 105 países e organizações em defesa do secretário-geral da ONU, que foi considerado persona non grata por Israel. Os subscritores expressam uma "profunda preocupação" com as declarações de Telavive, que consideram que vem minar o papel das Nações Unidas na mediação de conflitos.
Os 105 signatários, incluindo Portugal, consideram que tal declaração “mina a capacidade da ONU de cumprir as suas funções, que incluem a mediação de conflitos e a prestação de apoio humanitário”.
Estes países reafirmam “apoio total e confiança” no trabalho de António Guterres e no empenho pessoal na promoção do respeito pelo direito internacional e pela paz. “O seu trabalho continua a ser crucial para garantir o diálogo, facilitar os esforços humanitários e promover a paz e a estabilidade em todo o mundo”, escrevem.
“Como Estados-membros das Nações Unidas, apelamos ao respeito pela liderança das Nações Unidas e pela sua missão”, escrevem ainda os signatários, salientando que “uma participação construtiva com as Nações Unidas é vital para ultrapassar os desafios que enfrentamos e alcançar um futuro pacífico”.
“Apelamos a todas as partes que evitem ações que possam enfraquecer o papel vital das Nações Unidas na resolução de conflitos e, ao invés, que apoiem iniciativas que contribuam para uma solução pacífica e duradoura da crise no Médio Oriente”, concluem.
António Guterres foi declarado persona non grata e proibido de entrar em Israel "por não ter condenado o ataque do Irão". Vários líderes e organizações de todo o mundo saíram em defesa do secretário-geral da ONU e criticaram a decisão de Israel.