O fotógrafo suíço René Robert, de 84 anos, morreu de hipotermia, depois de ter desmaiado e de ter ficado caído, várias horas, numa das artérias mais movimentadas de Paris, sem receber ajuda. Foi uma sem-abrigo que o encontrou e alertou as autoridades.
Vários órgãos de comunicação social franceses revelam que ninguém parou para o ajudar. Um amigo do fotógrafo Michel Mompontet afirma que Robert morreu graças à “indiferença” das pessoas.
“Ele permaneceu sozinho, no chão, consciente, pelo menos durante cinco ou seis horas num dos bairros mais movimentados de Paris, sem que ninguém achasse conveniente intervir. Ele nunca devia ter morrido”, afirmou Michel Mompontet no Twitter.
Une pensée rageuse contre le commissariat de police du 10e arrondissement qui s’est comporté de manière indigne et inhumaine avec la veuve de René Robert qui demandait simplement des renseignements sur l’agonie de son compagnon sur la voie publique. @GDarmanin pic.twitter.com/ScfapQZSyf
— Michel Mompontet (@mompontet) January 27, 2022
“Ao menos que se aprenda alguma coisa com esta morte. Quando uma pessoa está deitada no chão, mesmo que estejamos com pressa, vamos ajudá-la. Vamos parar”, acrescentou o jornalista Michel Mompontet.
A única pessoa que ajudou René Robert foi uma mulher sem-abrigo. Fabienne viu o idoso deitado no chão e chamou os bombeiros, mas já era tarde demais.
Fabienne, que mora perto do local da tragédia, afirmou à RLT que esta situação não a surpreende. “Até podem atacar, arrastar, ninguém faz nada. Ninguém ajuda ninguém”.
René Robert nasceu em 1936 em Friburgo, na Suíça, Começou a carreira na fotografia na área de publicidade e da moda. Mas ganhou fama com as suas fotografias de flamenco.