O porta-aviões Fujian, o terceiro e mais moderno do Exército chinês, partiu hoje do estaleiro Jiangnan, em Xangai, para iniciar os primeiros testes no mar, ilustrando a rápida expansão da capacidade naval do país asiático.
O navio de guerra, lançado em junho de 2022, representa um grande salto nas capacidades navais do país, já que é o primeiro a dispor de catapultas eletromagnéticas para o lançamento de aviões, informou hoje a agência de notícias oficial Xinhua.
Os testes, que decorrem até 9 de maio, vão centrar-se na avaliação da fiabilidade e estabilidade dos sistemas de propulsão e elétricos do porta-aviões, bem como na verificação de que cumpre os requisitos técnicos para operar no mar.
Um outro aviso das autoridades marítimas, publicado na terça-feira, informou que seriam realizadas "atividades militares" no mar do Leste da China, entre as 07:00 de 01 de maio (00:00, em Lisboa) e as 09:00 de 09 de maio (01:00, em Lisboa), e que "navios não relacionados" estão proibidos de entrar numa área marítima designada.
O Fujian é o terceiro porta-aviões da China e faz parte do ambicioso plano do Exército Popular de Libertação (EPL) de ter seis navios deste tipo até 2035, o que o tornaria a segunda maior força naval a seguir aos Estados Unidos.
O porta-aviões, concebido e construído inteiramente na China, representa um avanço significativo em relação aos seus antecessores, o Liaoning e o Shandong, ambos baseados em modelos soviéticos.
O navio tem maior capacidade de lançar aviões de forma mais regular e eficiente graças às catapultas eletromagnéticas, o que lhe confere maior projeção de poder e flexibilidade nas operações marítimas.
Terá uma capacidade de deslocação de 80.000 toneladas, aproximando-o de alguns porta-aviões norte-americanos, cuja capacidade de deslocação ascende a 100.000 toneladas.
O reforço da marinha chinesa levanta suspeitas entre os seus rivais - tanto os EUA como outros países da região - especialmente devido às disputas territoriais com países vizinhos, no mar do Sul da China e ainda Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.