A China manifestou hoje o seu "apreço" pela decisão do governo de Nauru, uma pequena nação insular do Pacífico Sul, de cortar relações diplomáticas com Taiwan e reconhecer a República Popular da China.
"Como país soberano e independente, Nauru declarou o seu reconhecimento do princípio `Uma só China`, cortou as suas chamadas relações diplomáticas com as autoridades de Taiwan e manifestou a sua disponibilidade para retomar as relações diplomáticas com a China", afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado.
"A China aprecia e saúda a decisão do governo de Nauru", acrescentou o comunicado do ministério.
O Governo chinês disse estar pronto para "abrir um novo capítulo" nas relações entre os dois países, agora que Nauru se tornou a mais recente nação da Oceânia a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China.
O Governo de Nauru sublinhou hoje, numa breve declaração, que o país reconhece o princípio de `Uma só China` e pretende reatar relações diplomáticas plenas com Pequim.
Nauru indicou que vai deixar de reconhecer Taiwan "como um país independente, mas como uma parte inalienável do território da China".
A nação insular argumentou que a mudança de política é um primeiro passo para "promover o desenvolvimento" da pequena república oceânica.
A decisão de Nauru surge na sequência das eleições de sábado em Taiwan, onde o Partido Democrático Progressista, representado nas eleições por William Lai, crítico de Pequim, manteve o poder.
Em 2019, os Estados insulares de Kiribati e das Ilhas Salomão romperam relações com Taiwan e reconheceram a China.
Após a rutura com Nauru, Taiwan apenas mantém relações diplomáticas oficiais com uma dúzia de países, incluindo três do Pacífico Sul: as Ilhas Marshall, Palau e Tuvalu.