Os principais líderes do Pentágono disseram no Congresso que os serviços de informações militares não tinham corroborado os relatos da existência de recompensas aos taliban pagas pela Federação Russa pela morte de soldados dos EUA.
Apesar de as ameaças serem levadas a sério, acrescentou que esta ainda não foi considerada credível.
Esper e o general Mark Milley, presidente do Comando Conjunto dos Chefes de Estado-Maior, estiveram a depor na comissão das Forças Armadas da Câmara dos Representantes, sobre o papel dos militares nos recentes protestos desencadeados pela morte às mãos da polícia do afro-americano George Floyd.
Mark Milley indicou que a Federação Russa e outras nações desde há muito que trabalham contra os EUA no Afeganistão, designadamente apoiando os taliban, mas que a noção específica de recompensa não está provada.
Versões contraditórias
A Casa Branca negou que tenha havido qualquer briefing sobre o assunto antes de a história ter sido divulgada. Mas fontes dos serviços de informações norte-americanos garantem que a informação sobre o pagamento de recompensas a talibãs pela morte de soldados norte-americanos foi fornecida à Casa Branca no final de fevereiro.
A Casa Branca negou que tenha havido qualquer briefing sobre o assunto antes de a história ter sido divulgada. Mas fontes dos serviços de informações norte-americanos garantem que a informação sobre o pagamento de recompensas a talibãs pela morte de soldados norte-americanos foi fornecida à Casa Branca no final de fevereiro.
Esper disse que não se recordava se a palavra "recompensa" estava no documento fornecido, mas, questionado mais tarde, admitiu que tinha havido documentos em que se mencionava a palavra "pagamentos".
Por seu lado, Milley foi pressionado sobre a diferença entre o Irão apoiar militantes no Iraque - o que desencadeou uma retaliação dos EUA - e o que os russos estão a fazer no Afeganistão.
Na sua resposta, disse que, apesar de os russos continuarem a apoiar os talibãs, não há provas de que estejam a dirigir ataques às tropas norte-americanas no Afeganistão.
"No caso dos russos, não temos provas concretas, que corroborem, informação que mostre direção. É uma grande diferença. Se tivéssemos, a resposta seria diferente", asseverou, acrescentando que os militares continuam a investigar o assunto até chegarem ao fundo.
"Se de facto há recompensas ordenadas pelo governo da Federação Russa ou de qualquer das suas instituições para matar soldados norte-americanos, isso é um caso muito importante", declarou Milley.
"Eu, o secretário (Esper) e muitos outros estamos a levar isto muito a sério. Estamos a ir até ao fundo do assunto. Vamos saber se, de facto, é verdade. Se for verdade, vamos agir", insistiu.
Esta ação pode ser militar, diplomática, financeira ou outra.