Pelo menos 43 pessoas foram detidas e três polícias ficaram feridos no sábado, na sequência de uma manifestação organizada por um grupo de extrema-direita e de uma contramanifestação, em Viena, afirmou hoje o Governo austríaco.
O protesto, que decorreu na tarde de sábado, tinha sido organizado pelo grupo juvenil de extrema-direita Movimento Identitário, que reuniu cerca de 350 militantes neonazis e ultranacionalistas, sob o lema da "Remigração", termo usado para defender a expulsão de migrantes e o regresso aos seus países de origem.
Segundo o Governo austríaco, cerca de 800 membros da polícia estiveram mobilizados para a manifestação e contramanifestação.
"Os delitos, especialmente cometidos durante as manifestações, são perseguidos sistematicamente pela polícia, independentemente de serem cometidos por extremistas da esquerda, da direita ou de outros inimigos da democracia", alegou o ministro da Administração Interna, Gerhard Karner, membro do partido conservador OVP.
Entre os participantes na manifestação, esteve Herbert Fritz, de 84 anos, cofundador do Partido Nacional Democrata, proibido em 1988 por infringir a legislação antinazi do país.
Os Verdes e o Partido Social-Democrata (SPO) criticaram previamente a manifestação convocada pelos ultranacionalistas, sinalizando ligações entre os organizadores e o partido de extrema-direita FPO (Partido da Liberdade).
As eleições europeias foram ganhas pelo FPO, com 25,5% dos votos, mais um ponto percentual que o partido que governa o país, o OVP.
A Áustria irá a eleições no final de setembro.