Pelo menos 21 casas foram destruídas pela lava expelida pelo vulcão Kilauea, no estado norte-americano do Havai, que alcança mais de 60 metros de altura, segundo os cientistas no local.
"Esse número pode ainda aumentar", declarou, no domingo à noite, a porta-voz do condado do Havai, Janet Snyder.
As autoridades afirmaram ainda que as casas destruídas no bairro residencial de Leilani se encontravam sobre buracos no chão abertos pelo vulcão, que inicialmente expeliram lava, mas no domingo já só libertavam vapor e gás.
De acordo com o Observatório de Vulcões do Havai, existem dez aberturas, ao passo que no sábado só existiam oito.
"Há mais magma (rocha fundida abaixo da superfície da Terra) no sistema para entrar em erupção. Enquanto essa fonte estiver lá, a erupção vai continuar", disse a vulcanologista do Departamento de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, Wendy Stovall.
As aberturas podem eventualmente tornar-se uma grande cratera, como já aconteceu em erupções vulcânicas anteriores no Havai, disse Stovall.
"Se perdermos a nossa quinta, não sabemos para onde iremos. Perdemos a nossa casa e os nossos rendimentos, ao mesmo tempo. Tudo o que podemos pode fazer é rezar e esperar", disse Cherie McArthur, que tem esta quinta há cerca de 20 anos, à agência noticiosa norte-americana Associated Press.
Cerca de 240 pessoas e 90 animais passaram a noite de sábado em abrigos, relatou a Cruz Vermelha norte-americana.
O condado do Havai ordenou a retirada de mais de 1.700 pessoas de Leilani Estates e Lanipuna Gardens.
O vulcão está localizado no sudeste da ilha de Havai, que é a maior do arquipélago, na qual vivem cerca de 185 mil pessoas.
O Kilauea está em erupção contínua desde 1983. O Observatório de Vulcões do Havai emitiu um aviso, em meados de abril, relatando que havia sinais de pressão no magma subterrâneo.